terça-feira, 28 de dezembro de 2010

LEIA E NÃO PERGUNTE!

Não saberei dizer por que de tantos medos me seguindo. Não cobre e nem peça explicação, sou mulher de cinco minutos. Cinco minutos para mim pode ser mais. Preciso de tempos e de momentos, preciso de risos e de sentidos e preciso que me leiam. Preciso que me bebam aos poucos e fiquem completamente embriagados de mim. Necessito achar um modo que não haja mais perguntas para minhas palavras. Preciso que saibam interpretá-las. Tenho medos, tenho surtos de insanidades que me fazem agir impulsivamente. Mas me deixe! Eu gosto do impossível, gosto do não existente. E por vezes, me perco nesses caminhos longos que me aparecem. Sou tão confusa que me contradigo, me desviando (ou tentando) dos meus momentos. Eu fujo me perco e me encontro. Oras estou aqui e logo, ali. Eu vôo alto, me bato em galhos e prédios e caio. E ainda sim crio forças para subir novamente. Mas, por favor, se não entender o que eu sinto nem pergunte. Sou assim, meio turva. Bebo angustias e outrora alegrias. Como meus medos e outrora meus sonhos. Durmo de canto e outrora nem deito. Não sou nada breve por mais que eu tente. Venha e me leia!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

E se não for amor?

Rodrigo, Parece que o dia perde a graça, o sol esquece de nascer e a noite, que sempre foi o meu melhor momento, some. Que nada que eu faça terá sentido e que cada SMS da operadora será um: "eu te amo". Que essa vontade de estar junto, cheirando o teu pescoço e passando a mão no teu peito é uma lágrima a mais. Que a tua mania de apertar 'o meu barriga' me faz tanta falta, porque ver aquele teu sorriso de "mau" só para me fazer sorrir feito criança com doce, me derrete. É algo que me faz perder a cabeça, me faz suspirar pelos cantos, olhar o céu e sorrir. Algo que me faz querer tua presença. Lembrar a tua mania de me fazer chorar com seus ciúmes bobos. Lembrar nossos filmes deitados no sofá. O teu jeito de dormir sempre para o lado contrário da parede e, eu encostando meus pés nos teus. Essa saudade que nos acende, nos faz querer mais e mais, um ao outro. E, é essa mesma saudade que me faz chorar, te quero pra ontem. Perto, do lado sorrindo, abraçando e com esse teu jeitinho de me encher de cócegas, me chamando de "amorzinho". Essa saudade que faz doer em mim é a mesma saudade que sempre acaba com muito amor. Uma saudade dolorida, com gosto de quero mais. Essa que nos torna cada dia mais unidos, mais amantes. Ela só mostra o quanto é forte o nossos amor. Saudade é querer ter junto o que amamos. Saudade, no nosso caso, é amor. Se algum dia vierem me falar que não é amor, vou ignorar, pois se essa vontade de estar junto, de ver o teu sorriso, de querer te fazer sempre feliz e de ser só tua não for amor, juro, não quero mais nada na vida. Se ousarem duvidar desse nosso jeito de amar, vou sorrir, pois nada mais me faz tão feliz como ser boba assim por ti. E, se ainda assim insistirem que não pode ser amor, vou dizer que se não for, é algo muito mais bonito e intenso, com um nome ainda não revelado e que foi inventado exatamente para nós e esse nosso "jeitinho". Pois se não for amor, meu bem, todo esse diminutivo, todo esse carinho e essa saudade no meu peito, se não for amor... É porque não sabem o que é amar. Mas, enquanto não descobrem o nome para o nosso sentimento tão forte, quero dizer que te amo, talvez não do jeito que os outros entendam, mas do nosso jeito. E é isso o que me importa, ter ao meu lado quem eu mais amo e te fazer, sim, a pessoa mais feliz do mundo. O que importa é poder ver teu sorriso e saber que nada mais é preciso em troca. Te amo com gosto de doce de leite com leite condensado. Te amo e ponto.

"Espirito natalino" (?)

Que coisa linda esse espírito de amor, paz, alegria e confraternização que acomete os seres humanos nesse período do Natal! Todos exalando bondade, amizade e carinho pelos seus semelhantes... Famílias reunidas, preparando a ceia de natal, comemorando juntas, rindo e brincando, embevecidas pela companhia uns dos outros... Lindo, não é mesmo? Não. Simplesmente rídiculo! Sei que pareço "amarga" ao dizer isso, mas não é esse o caso. O que ocorre é que abomino a hipocrisia que, parece, toma conta de quase todo mundo nesse período. Pessoas estressadas, indo de loja em loja em busca de um número sem fim de presentes ou "lembrancinhas" para todo mundo (mãe, pai, irmão, irmã, tio, tia, primos, avós, cunhados, amigos, papagaios, cachorros, gatos e afins), gastando o salário inteiro e, por vezes, comprometendo o(s) salário(s) futuro(s) simplesmente para cumprir uma convenção... Pessoas que se sentem solidárias, altruístas, caridosas porque resolveram comprar alguns doces de segunda mão, ou algumas porcariazinhas de R$ 1,99 e distribuir para crianças carentes... Pronto! Sentem-se ótimas pessoas! Afinal, o que importa se durante mais de 300 dias do ano não fizeram coisa alguma que pudesse ser considerada boa para alguém? Ora, o importante é que o espírito natalino agora "tomou conta" de seus corações... Veja a alegria nos olhinhos das criancinhas menos favorecidas recebendo aquelas "deliciosas" barras de chocolate feitos com gordura hidrogenada!!! (Afinal, não é preciso que o chocolate seja "de primeira" para que elas fiquem felizes, não é mesmo? Eo tal espírito de natal funciona de qualquer maneira, com itens de "primeira", "segunda", "terceira"...) Tão lindo! Tão singelo! Ah! Por favor! E o que dizer das "maravilhosas" ceias em família?!? O ápice do tal espírito natalino! Pessoas que realmente se amam e se respeitam (?), confraternizando em clima de amor e união... Hipocrisia pura! Na maior parte das vezes são pessoas que mal se vêem durante o ano ou que, no máximo, entre discussões e desentendimentos, suportam a existência umas das outras... Claro que com isso não estou querendo dizer que todos, necessariamente, se detestem. Longe disso! O que ocorre com a esmagadora maioria das famílias é que, apesar de gostarem uns dos outros, esse clima de "amor, união e devoção eternos", na melhor das hipóteses, não é lá muito frequente... São, em geral, pessoas comuns, vivendo suas vidas da melhor forma que conseguem, preocupando-se com suas coisas e convivendo umas com as outras... Os utópicos que me perdoem, mas as coisas não são como em um comercial de margarina... E depois da ceia em família, quando todos já estão indo para suas casas (intimamente felizes e aliviados pela noite, finalmente, ter terminado), o tal espírito natalino parece que se esvai... No dia 25 as pessoas ainda tentam sentir-se boas, caridosas etc etc etc... Mas, no dia 26... Vida normal!!! Ufa!!! As pessoas voltam a ser individualistas, e a se preocupar somente com seus problemas... E todos os anos é a mesma história... Ora, me poupem desse papo de espírito natalino!!! Interessante é que quando externo esse meu pensamento sobre a hipocrisia do tal espírito natalino, as pessoas costumam me olhar com espanto e com (fingida) reprovação... E ainda dizem que eu devo ser uma pessoa muito amarga e infeliz. Ledo engano... Apenas não sou hipócrita... Será que isso é tão ruim assim??? Estou muito aliviada porque ainda falta um ano para que o tal "espírito natalino" se repita...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Voltando a ativa?

Faz tempo que não escrevo algo por aqui... Minha ultima postagem tem mais ou menos 2 meses. Mas hoje, depois de procurar um texto velho, acabei relendo muitas coisas que eu já escrevi por aqui. É engraçado... lembrar de coisas passadas, como você pensava a 3 anos atrás, piadas já esquecidas, etc... Por isso eu vou voltar a escrever, eu acho... quando der tempo, afinal uma coisa que não mudou foi a densidade da agenda... Porque eu percebi que, mais do que escrever para as outras pessoas lerem, é bacana escrever para um "você" do futuro ler, daqui a alguns anos. Uma mensagem de "olha... eu estive aqui" Um jeito de chegar lá na frente e falar "como eu era xarope.. ainda bem que melhorei..." Rs...

sábado, 2 de outubro de 2010

Só...

Passamos pela vida por vezes acompanhada, noutras não,
mas terminamos e começamos só. Nossas agonias, nossos medos, nossos desejos, quantas vezes os sentimos só. E tenho me sentido assim, sonhando sozinha, juntando, gastando, querendo, só. E ontem me lembrei de músicas que um dia ouvi, que falavam da solidão, e percebi que eram inúmeras e percebi que não estava sozinha. Chorei mais um pouco no cantinho do travesseiro, e quis que o dia de hoje não existisse, ou se existisse, que fosse em outro lugar. Fechei os olhos pra tentar dormir, mas a tristeza que senti se ocupou de mim e só, eu esperei que ela passasse. A noite passou, o dia chegou, mas continuo me sentindo sem rumo, indo sem saber pra onde, sonhando sem saber com o que. Desculpem-me, mas tenho andado triste...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Com o tempo...

Acho que desde que nascemos percebemos que com o tempo as coisas mudam, por alguns anos acreditamos que o que mudam são as coisas que estão ao nosso redor, depois achamos que são as pessoas ao nosso redor, depois decobrimos que a gente também muda, mesmo quando não queremos, e com o passar de mais alguns anos percebemos que as coisas mudam, as pessoas também e a a gente vai caminhando e se transformando, nem sempre junto nem sempre pra trás do nosso tempo. Hoje me vejo pensando sobre assuntos que não passariam pela minha cabeça a um tempo atrás e, se passassem, iriam embora rapidamente, hoje me faço perguntas que nunca havia feito antes. Hoje eu sinto os anos pesarem um pouco mais e sinto um pouco de medo do que está por vir. E se não vir? Mas sei também que, felizmente, todos ao meu redor estão se transformando junto comigo, e, de certa forma isso me tranquiliza, mas não completamente. Continuo no entanto com a certeza de que tenho mais dúvidas do que convicções, mesmo com o passar do tempo e me pergunto se algum dia terei realmente a certeza de alguma coisa, e não sei dizer. Mas posso dizer que o tempo têm passado, amanhã já não sei mais.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Das lagrimas e da natureza humana

Ontem desejei que a senhora estivesse aqui, vó. Com seus olhos castanho escuros quase negros que enxergam sempre além, com seu colo sempre disponível, seu sorriso sempre aberto, o afago certo. Eu ontem chorei um bocado , e não foi um choro qualquer, não foi aquele choro de criança que não ganhou o brinquedo tão desejado, a quem fora negada a guloseima que se exibe na vitrine da loja de doces. Foi um choro intenso, sentido, sofrido. De dor, de solidão, de cansaço, de exaustão. Se você estivesse aqui ia me afagar os cabelos molhados pelas lágrimas, ia dizer que sou tão boba... nada como um dia depois do outro, e outro, e mais outro, e mais outro... "Pra quê chorar filha... não resolve nada." E eu ia olhar dentro dos seus olhos ainda mais castanhos escuros e dizer: "Porque dói vó... dói tanto..." Eu pousaria mais uma vez a cabeça no teu colo, e adormeceria, exaurida pelo choro convulso. Segura, aquecida. Eu hoje chorei mais um tanto. "A dor não quer ir embora vó... não quer..." Eu só queria seus olhos castanhos escuros quase negros. O seu colo. E ouvir você dizendo que chorar é desperdício de tempo quando a vida é tão breve e a morte é certa. Eu sinto tanto a sua falta, vó! Deus sabe... Ah Ele sabe vó...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

E agora? O que vem?

Eu não morri quando disse que vi que nunca me amou, e tampouco quando decidia (varias vezes) fechar a porta de vez. Eu não morri quando me dei conta de que tudo aquilo passou, e que dessa vez a coincidência do amor foi engano. Eu não morri quando olhei nos seus olhos e vi outra pessoa, e nem quando cheguei a sentir pena de mim mesma. Eu não morri quando as cores ficaram mornas e as sombras em preto e branco começaram a me assombrar novamente. Eu não morri quando tive que estar longe na hora em que deveria estar no seu colo. Eu não morri quando tive que espantar a solidão a chutes, nem quando tive que correr pros braços ásperos do medo ou quando escutei aqueles conselhos bregas da raiva. Eu não morri por me achar egoísta e insensata. A sensatez nunca combinou muito com nossa história mesmo. Eu não morri por fazer do meu ego um persongem de contos de fadas. Os mais modernos não precisam ter mais um final feliz. Eu não morri, porque a morte é quando a alma se cala. E eu permaneci em silêncio. Mas minha alma gritava. Que te ama...

sábado, 31 de julho de 2010

raiva - rai.va sf (lat rabie) 1 Doença infecciosa, especialmente dos cães, podendo transmitir-se por mordedura a outros animais e ao homem; hidrofobia. 2 Prurido que as crianças sentem nas gengivas no período da dentição. 3 Violento acesso de ira, com fúria e desespero. 4 Ânsia veemente; desejo irresistível. 5 Aversão, ódio. 8 pop Biscoito feito de farinha, ovos, manteiga e açúcar. 6 Estar possuído de furor violento ou de grande cólera.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sobre sonhos e metas. (Para Joyce)

Nossas metas de vida são apenas um acidente na nossa história. Não as escolhemos de fato. A cultura e o tempo escolhem por nós. Quando nos damos conta, já estamos no meio delas, como meros espectadores, assistindo de fora o desenrolar da nossa própria história, sem controle algum sobre ela. Ainda assim, devemos tomar posse dessa história, dessas metas, desse rumo. Porém, para alguns, é como acolher a esmola que a vida, em sua compaixão, nos oferece. Pode ser humilhante ou surpreendentemente glorioso. Amiga, no final tudo vai dar certo! Para vc e para mim! "Os sonhos de Deus jamais se frustrarão...)

sábado, 24 de julho de 2010

Ela tem remexido na lama, procurado algo que nem mesmo sabe o que é. Sonhou por algumas noites o mesmo sonho, quem sabe isso seja um sinal de coisas mal resolvidas. Cansou-se rapidamente por pouca coisa e não achou mais tanta graça daqueles assuntos que antes eram tão divertidos. Ela agora tem procurado um espaço onde possa encaixar toda a sua angústia. Por muito tempo, usou seu ego como escudo. Burramente. Talvez a forma mais estúpida de se defender. Encontrou brechas no meio da guerra e pôde então se aventurar em outras fantasias. Criou suas próprias ficções. Era quase uma romancista de uma leitora só. Encantada com seus próprios personagens quase mitológicos, assustou-se quando estes criaram vida diante de seus olhos. Buscava agora os rascunhos de uma história inacabada. Não para terminar de escrever, mas para ler repetidas vezes até que a narrativa perdesse o sentido. Até que ela mesma perdesse o sentido. Começaria então a escrever outras. Mas não antes de longas férias. Ou não. Nada mais lhe era previsível. Tirou rápido a mão da lama, como quem toma um choque de realidade. Ela só queria sair correndo. Mas sabia que esbarraria em seus próprios muros. Então ficou imóvel, tentando escapar de sua própria dor. Não podia deixar vestígios para a solidão, essa fera selvagem capaz de farejar o menor resquício de medo e abocanhar todo o seu equilíbrio de uma só vez. Começou a pensar. Na verdade, nada era difícil nem perturbador. Era como tomar sopa quente, basta saber a hora certa de levar a colher à boca. E sentir um pouco de fome deixa sempre a comida mais saborosa.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Eu estava sentada sozinha, quieta, no meu canto, sentindo o cheiro delicioso do café e agradecendo ao universo por tudo o que vinha acontecendo comigo. Estava aproveitando a minha própria companhia e me sentia realmente feliz. Muita gente entrava e saía daquele lugar carregando suas histórias, e eu não sentia nenhuma vontade de saber quem eram aquelas pessoas nem de falar sobre nada. Estava bem. De repente, entra sem que eu perceba alguém que não foi convidado e que nunca seria. O medo. Senta sem pedir licença e arranca a xícara da minha mão. Perdi a vontade de comer. Ele não se importa em ser inconveniente. Ele chega e toma todo o espaço que precisa como se fosse o dono da situação. E muitas vezes é. Sentado bem à minha frente, ele olha nos meus olhos e assim permanece por um bom tempo. Ele tentando entender o que se passa na minha cabeça e eu tentando afugentá-lo como se fosse um rato imundo. Nesse embate de olhares, eu começo a fraquejar. Claro, ele está acostumado a vencer. Mas eu também já o venci, e procuro me manter tranquila e fazê-lo acreditar que eu não estou disposta a desistir dessa vez. Ele solta uma gargalhada irônica, como se soubesse dos meus pensamentos. Como se soubesse que eu estava tentando fazê-lo acreditar em algo que eu mesmo não acreditava. Eu desvio o olhar e abaixo a cabeça, derrotada. Sinto raiva de mim, porque eu sabia que podia conseguir se tivesse tentado um pouco mais. Ele permanece com aquele sorriso de escracho no rosto, sorriso de vitória. Vitória que era pra ser minha. Mas eu não podia fazer aquilo comigo mesmo mais uma vez. Eu precisava olhar pra ele de novo e dizer tudo o que ele merecia ouvir. Mesmo na lona, ouvindo os gritos de vitória dos comparsas do medo, zonza e ofegante, eu segurei firme na mesa e por um triz não joguei a xícara de café na sua cara. Voltei a olhar pra ele e percebi a sua expressão confusa. Certamente estava pensando que eu tinha mudado muito. Acertou. Mudei. E não ia deixar ele me vencer mais uma vez. Não ia deixa-lo me fazer sentir raiva de mim mesma por ter sido derrotada por ele. Eu deveria sentir orgulho de mim, sempre. Eu carregava minhas culpas e assumia o risco de sofrer qualquer consequencia dos meus atos. Eu olhava nos seus olhos com raiva dele e não mais de mim. E quanto mais essa raiva aumentava, mas meu olhar o atormentava, porque ele sentia que todos os seus planos estavam caindo no precipício. Essa troca de olhares tinha se transformado em uma espécie de transe e quando dei por mim estava de pé, olhando por cima aquele cara que há poucos minutos era praticamente o dobro do meu tamanho. Agora estava encolhido na cadeira, quase enterrado. E era essa a minha vontade, enterra-lo para nunca mais ter que olhar pra esses olhos sarcáticos do medo. Mas não. Afastei, abri um espaço entre mim e a mesa e o deixei ir. Continuava parecendo um rato imundo, mas agora assustado. Voltei a sentar, suando e sorrindo. Algumas pessoas no bar sequer se deram conta da batalha que se havia travado ali, naquele exato momento. Outras, eu imagino que perceberam sim. E entenderam que eu precisava lutar sozinha. Voltei a tomar o café, agora frio. Mas tudo estava delicioso.
Por que o deixei ir? Porque ainda quero ter a chance de derrotá-lo várias outras vezes.

domingo, 18 de julho de 2010

Conselhos sobre a vida para mim mesmo!

Você quer tentar achar o caminho certo. E no meio do caminho, o melhor lugar pra descansar. A melhor árvore, a melhor sombra, a melhor pedra, as melhores cores, o melhor vento. E a melhor companhia. Talvez você não descubra nada disso. Talvez erre o caminho ou caminhe do jeito errado. Talvez nem haja sombra alguma ou nem sequer precise dela, por causa da chuva. Talvez nem queira vento, por já esta suficientemente balançada. Talvez não haja companhia pra você nesse lugar e você tenha que se acostumar a ser sua própria companheira. Não importa o jeito que as coisas de fato serão. Importa que você saiba o que quer e que assuma o risco de não encontrar nada disso. Que entenda que tudo não passa de um "talvez". Que esteja convicta de que pode dar meia volta e voltar pra casa a qualquer momento, sem sentir-se covarde ou o que quer que seja. Muitas vezes não vai fazer o que quer, quando isso não fizer mais sentido algum. E há muito tempo já não faz. Muitas vezes terá que pensar em si de uma forma mais completa ao invés de pensar somente em seu próprio prazer. Terá que parar de tentar arrastar as pessoas consigo e começar a esperar que elas a acompanhem por conta própria. Precisa parar de achar que o mundo acaba hoje e não ficar todo dia cavando buracos tentando achar água, pois haverá dias que precisará ter sede. Terá que parar de buscar os olhos que confiaram em você em todos os lugares, em cima de cada árvore e embaixo de toda pedra. Há dias que não pode mais procurar, porque é melhor nem encontrar. Você só quer tentar achar o caminho, mas nem precisa encontrá-lo pra descobrir que achou. Nunca se esqueça: Nem só de flores vive a primavera, mas é por suas flores que ela é lembrada.

sábado, 17 de julho de 2010

A música da vez...

Preciso de você agora. (Need you now - Lady Antebellum) Desculpe, mas no momento não posso atender. Deixe a mensagem depois do sinal: "Oi... Estava pensando sobre a noite passada... Eu não entendi aquilo... Eu sinto a sua falta... Se você puder me liga de volta..." Memórias perfeitas Espalhadas por todo o chão. Pego o telefone porque eu não consigo lutar mais. E eu me pergunto se você pensa em mim, Porque comigo isso acontece o tempo todo. São uma e quinze, estou completamente só E preciso de você agora Disse que eu não viria mas perdi todo o controle E preciso de você agora. E não sei como sobreviver, Só preciso de você agora. Outra dose de uísque, Não consigo parar de olhar para a porta. Desejando que você entre da maneira que fazia antes. E eu me pergunto se você pensa em mim. Porque comigo isso acontece o tempo todo. São uma e quinze , estou meio bêbado E preciso de você agora. Disse que não ia ligar mas perdi todo o controle E preciso de você agora. E não sei como sobreviver, Eu só preciso de você agora. Eu prefiro me sentir dor do que não sentir nada. São uma e quinze ,estou completamente só E preciso de você agora. Eu disse que não ligaria mas estou meio bêbado E preciso de você agora. E não sei como sobreviver, Eu só preciso de você agora. Eu só preciso de você agora. Oh amor, eu preciso de você agora.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

"Enquanto muitos almejam alcançar o infinito
eu desejo apenas voar".
Sempre me orgulhei de ser forte. Tão forte quanto tudo aquilo que carregava dentro de mim. Sim, porque uma coisa é fato: eu acho que pra mim tudo sempre foi mais arrebatador do que deveria ser. As pequenas coisas, boas e ruins, sempre tomaram proporcões gigantescas nesse meu universo. Tudo era sempre tão grande que eu acabava me tornando um ser minúsculo e amendrontado. Hoje eu já percebo o contrário. Não eram os gigantes que me faziam sentir minúscula. Era minha sensação de pequenez que me fazia enxergar gigantes. O que acontece lá fora não permanece de forma alguma com as mesmas proporções quando chega dentro de mim. Sobram excessos. Excessos cheios de sentido e razão. E quem vai me dizer que não? Pra um ser minúsculo, uma criança é gigante. Pros outros não. Já não sei lidar com minha pequenez irracional. Agarro-me a meus gigantes porque, de alguma forma, se eles são bons, trazem-me sombra. Por outro lado, se não são bons, corro para não ser esmagada. E corro até meu corpo não aguentar mais. Quando vejo por aqui frases curtas ou que não são minhas é que sei exatamente como estou. Com medo de estar com meus sentimentos e mais ainda de deixá-los sair um pouco. Não sei a que pensamento me prender e já não quero estar presa a nada.

sábado, 10 de julho de 2010

Para pensar...

Frase do Senador Cristovam Buarque, via twitter: "O Brasil ficou entre os 8 melhores do mundo no futebol e ficou triste. É 85º em educação e não há tristeza." Imagina se a saúde e a educação causassem a comoção que o futebol causa? Fico imaginando a união das pessoas em prol dos seus DIREITOS ao som irritante das vuvuzelas. Morte ao futebol! E às vuvuzelas!

Sobre gostar!

E gosto de me perder. Entre palavras, entre pontos e vírgulas. Entre suspiros e silêncios. Entre pensamentos e imagens. Entre canções e cores. Entre livros e pessoas. Entre a noite e o sonho. Entre a dor e o sorriso. Tudo isso entre mim e eu mesma.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Simplesmente isso!

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É que eu preciso dizer que te amo.
Te ganhar ou perder sem engano.
É que eu preciso dizer que te amo tanto...
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sexta-feira, 2 de julho de 2010

É difícil explicar, pois as palavras serão sempre vazias E algumas delas nem sequer precisam ser ditas Precisam ficar no doce ruído de um sussurro Sem a necessidade dominadora de serem ouvidas Quando não podemos calcular o efeito que elas causarão O retorno ao silêncio é sempre a melhor saída Principalmente se for um silêncio que não esconde nada...

Meu amor,

Quero que perceba o quanto é simples e certo . Que não há o que temer ou do que duvidar . Que qualquer gesto meu prova o quanto cresci em busca disso . Que em meus olhos há a sombra e a luz da minha escolha . Que em minhas mãos guardo toda a felicidade que sou capaz de doar . Que fato nenhum foi capaz de cessar minha luta . Reaprendi e redescobri o amor cada vez que me senti vencida .Fui capaz de entender e superar todos os desencontros . Sou tudo aquilo que rabisco, todas as canções que nunca fiz . E em cada pedaço do que sou, há você.
Te amo...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Que me perdoem os românticos militantes. Tem dias que concordo com quem diz que todo amor é amor próprio. E amor próprio nunca foi ruim. Amor próprio não é egoísmo, tão pouco egocentrismo. Amor próprio é que é o verdadeiro amor. Não importa o que clamem os mais doces corações, buscamos somente recompensas. Quer nos façam bem ou não. E recompensa nem sempre é coisa boa, ao contrário do que muitos pensam. É mais ligada à ideia de vantagem - no mais ambíguo dos sentidos - do que de prêmio. Que me perdoem os otimistas de carteirinha. Mas isso tudo passou longe do pessimismo, creiam. Amargura e infelicidade não cabem em mim. Não costumo vestir essas roupas. Que me perdoe o meu próprio coração. Ele ainda acredita nessas bobeiras que conto a ele.

domingo, 27 de junho de 2010

Sobre músicas e sentimentos

A música cria vida pra quem dá a ela algum sentido que vá além da simples simpatia. Pra mim ela sempre cria vida. E acaba de alguma forma envolvendo as minhas histórias, dando nós que não se desatam nunca. As canções passam também a ter cheiros, toques, olhares, sorrisos... Passam a ser um pedaço de alguém ou um minuto qualquer cheio de significado. Lembram o escuro e aquilo que não foi visto. A música é minha maior cúmplice. Às vezes também minha aliada. Mas a verdade é que pra sempre será minha paixão. SEGUE LETRA E MÚSICA QUE DIZ TUDO O QUE EU NÃO CONSIGO EXPLICAR NESSA POSTAGEM: Music and me (Michael Jackson) We've been together for such a long time now Music, music and me Don't care whether all our songs rhyme Now music, music and me Only know wherever I go We're as close as two friends can be There have been others But never two lovers Like music, music and me Grab a song and come along You can sing your melody In your mind you will find A world of sweet harmony Birds of a feather will fly together Now music, music and me Music and me

Qndo não acho as palavras certas...

É muito bom ter as palavras certas a serem ditas nas horas certas. E melhor ainda quando essas palavras conseguem atingir o melhor de suas intenções. Eu sei que muitas vezes não acho a melhor forma de expressar o que quero, nem a melhor forma de querer o que expresso. 'Silêncio' é uma palavra bonita, e às vezes me define bem. Parece que eu sempre atraio essa palavra pra perto de mim. E por mais que eu diga que é no meu silêncio que consigo dizer tudo o que quero, isso nem sempre é suficiente. Quando os problemas gritam suficientemente alto pra não me fazer ouvir mais nada de dentro de mim, eu preciso também falar em alto e bom som aquilo que penso deles. E preciso ser clara, mais do que simplesmente falar. E acho que essa é a parte mais difícil. Porque não é só querer. Eu realmente nem sempre consigo. Quantas vezes me peguei treinando a melhor forma de falar algo. Nenhuma delas acabava se parecendo com aquilo que eu realmente era. E ainda assim eu fugia de mim na tentativa de conseguir atingir os outros, que precisavam me ouvir pra saber que eu estava ali. Mas fui me buscando e me encontrando aos poucos. De tão intenso que isso era, perdia os meus pensamentos no mundo de coisas que se passava em mim. Perdia e nem sempre encontrava de novo. Os sentimentos misturavam-se e deixavam rastros. E não adiantava segui-los, porque eu nunca chegava a lugar algum. Eram diversas camadas de sonhos, dores, saudades, incertezas, certezas, contradições, possibilidades... Eram como blocos de montar, que juntos formavam uma coisa só, indefinível, inseparável e instável, prestes a desmoronar. E o desafio tem sido separar cada peça e construir algo firme, embora ilógico. E dessa densa parcela de ilogicidade eu já tenho experimentado e já tenho me acostumado com a idéia de que vai ser assim. Nas vezes em que me pego convicta de algo que se relacione a mim, trata-se de uma frágil certeza de que estou me achando em meio às minhas próprias barreiras. Mas, pra usar de sinceridade, na maioria das vezes trata-se da sólida certeza de que posso estar completamente errada. A verdade é que é bom encontrar-se consigo mesmo. E melhor ainda é lutar pra que isso aconteça todos os dias.
Se tenho coisas a dizer aqui, é porque carrego em meu bolso muitas histórias de fracassos e de alegrias inesperadas. E muitas de minhas histórias são como contos, romances, poesias ou apenas frases soltas. São contos quando vêm e vão rápidas, sem aviso, sem despedida e sem explicação. São romances quando encaixam começo, meio e fim, tudo planejado (por mim ou por sei lá quem). Quando ocasiões ferventes mesclam-se a momentos mornos. São poesias quando são demasiadamente idealizadas, passionais, cheias de intensidade, permitindo que a vida transborde através dos meu poros. São frases soltas quando a familiaridade dá permissão ao silêncio e algumas palavras podem ser ditas sem que eu precise vasculhar explicações para elas. Mas o mais curioso é que minhas histórias sempre se encerram com reticências, nunca com um ponto final.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ainda vou escrever uma carta dizendo que aprendi a amar. Dizendo que aprendi mais uma vez através da dor. Dessa vez não somente da minha dor. É certo que a dor, se é resultado do encontro que tornou-se desencontro, sempre atinge mais de um. É certo que conselhos não funcionam tão bem quanto a experiência vivida, tocada, sentida e doída. A não ser que dores antigas tenham sido fruto da falta de atenção a esses mesmos conselhos. E, na maioria da vezes, eu mesma me dou conselhos. Eu mesma (me) paro, olho firme e falo sério, como se estivesse falando para a criança que um dia eu fui. Como se já tivesse passado por um pouco de tudo nessa vida. Grande engano. E é por isso que meus conselhos não são ouvidos. Porque são inventados pelo medo terrível de tentar. Medo de tentar fazer uma canção, medo de tentar falar, medo de tentar chorar, medo de tentar amar... E tenho recusado ceder a esse último. E muito pela lembrança dos olhos que me fizeram acreditar que sou capaz de vencer qualquer coisa. Mas por mais que eu achasse que estava conseguindo, na verdade estava fazendo o contrário, cedendo cada vez mais ao medo, pois amor é outra coisa. Esses mesmos olhos ensinaram-me a ver que o amor vai muito além daquilo que pensava ser. E que às vezes amar é muito mais do que estar perto. Amar é proporcionar ao outro paz interior. Talvez estivesse esperando que finalmente chegasse o dia em que tudo ficaria bem, sem dor, sem angústia. Mas pra que amanhã fique tudo bem, o dia tem que ser bom hoje.

Preciso tanto...

Preciso que você me escute sem fazer cara de espanto. Preciso que você me fale coisas sem conteúdo moralizante. Que você me entenda sem que eu precise falar. Que você goste de mim do jeitinho que eu sou. E preciso mais ainda que tudo isso não pareça forçado. Preciso que tudo isso seja você! Quero te ouvir em silêncio por horas, e o silêncio pode ser seu também. Quero escutar uma linda canção e, quando olhar pra você, perceber que estamos com nossos pensamentos e sentimentos na mais pura afinação. A nossa melodia não precisa ser sempre triste. Podemos compor trilhas sonoras pra cada momento que vivemos. E as melodias tristes poderiam ser poucas, mas sempre seguidas por períodos de silêncio. O silêncio necessário para o reestabelecimento. Podemos quem sabe falar um monte de besteira olhando nos olhos, como se fossem as coisas mais sérias do mundo. E falar coisas sérias brincando. Porque não? Preciso de alguém que me ensine algo que eu não sei, nem que seja a humildade de não saber nada. Quero alguém que também tenha essa estranha mania de acreditar nas pessoas. E que me faça acreditar que vale a pena. Quero você porque você me completa, mesmo que eu já seja inteira...

Sobre amor e cores!

Há dois tipos de pessoas: aquelas que sabem definir muito bem os seus sentimentos e as que ficam perdidas dentro de si mesmo. Pra alguns, os sentimentos vêm dispostos em cores com diferentes tonalidades, sendo definidas com enorme precisão. Mesmo os vários tons de uma mesma cor são percebidos em sua particularidade. Talvez essas são as pessoas que mais olham pra dentro. Olham sem medo do que vão enxergar e preparadas pra respeitar o seu próprio mundo. E isso é simplesmente admirável. Para outras, é como numa aquarela. Tudo misturado e confuso. Indefinível algumas vezes. Cores que se juntam e formam uma nova. Cores sem nome. Sentimentos orfãos, que não sabem de onde vêm nem para onde vão. Eu ainda me encontro nessa última categoria. Em mim, tudo é uma grande aquarela e não sou capaz de nomear os sentimentos em forma de cores. Exceto um: o amor. Esse pra mim vem inteiro, sólido, como uma muralha, difícil de ser quebrado. Vai contra a minha própria vontade. E por mais que se misture com outras cores, ele sempre é a cor mais forte e vibrante. É ele que dá o tom e permite que eu pinte o quadro da minha vida. Ele pode vir em potes pequenos que, juntos, dariam pra pintar o mundo. Ou pode vir já em quantidade suficiente pra me preencher por inteira. De qualquer forma, em qualquer quantidade, nunca é suficiente pra preencher o vazio da saudade. "Eu quero deixar a (tua) vida colorida. E estou disposta a sujar os dedos de tinta"

terça-feira, 22 de junho de 2010

[para mim]

Eu ja fiz rimas, fiz versos soltos, com e sem sentido, isso era o que menos importava. Importa é que fiz [para mim]. Escrevi na madrugada, vi o sol nascer, aprendi a gostar de coisas novas e de coisas bobas. Sonhei acordada e por muitas vezes adormeci sonhando. Tinha planos, fiz apostas, cheguei a acreditar que tanto amor não caberia mais dentro de mim. Mas tinha guardado todo esse amor [para mim]. Eu já quis ganhar o mundo, correr os quatro cantos, sorver cada imagem como se eu mesmo fosse aquele segundo. Tropeçei na dor e no prazer que qualquer amor carrega. Mesmo assim enchi a bagagem de bons momentos. Tudo [para mim]. Já estive só, mas nunca na solidão. Esperei mais do que deveria, perdi chances e ganhei tantas outras. Fiquei imersa em sentimentos tão intensos e ao mesmo tempo tão solúveis. Passei o tapete por cima disso tudo, [para mim]. Vi o nascer do sol, diverti-me fazendo músicas bobas, ri das próprias piadas e achei delicioso o sabor de pequenas coisas. Encontrei a liberdade que minimamente achava que merecia. Pude falar o que achei que precisava e até o que duvidava sentir. Superei medos e passei por fases difíceis. Expus tudo isso [para mim]. Aprendi que não preciso necessariamente ter uma só opinião. Tive medo de ser abandonada, fui fraca e covarde tantas vezes. E aprendi de fato o significado dessas coisas. Conheci a felicidade que jamais imaginei que existisse. Vivi momentos mágicos e não fiz questão de descobrir o segredo que havia por trás de cada truque. Entreguei-me por inteiro [para mim]. E nada nessa história carrega nenhum tipo de arrependimento.

Chão...

"... no fundo há sempre um chão que nos ampara mesmo quando parece não haver nada para nos suportar."

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Incrível. Não sei por que reclamamos tanto do que já foi e não é mais, do que costumávamos sentir e já não sentimos, das músicas que costumávamos ouvir e agora não servem nem para fazer lista... Não sei por que perdemos tempo lamentando sobre aquilo que não deu certo, aquilo que não foi para a frente, e aquilo que foi para frente e ainda tropeçou numa pedrinha. Não sei por que manifestamos descontentamento com o que passou - como se houvesse alguma obrigação para que as coisas [e as pessoas] sejam de um jeito ou de outro. É como se não houvesse algo a ser seguido e, mesmo assim, usualmente, tentamos modificar a situação causando uma desordem interna. E tudo, e tudo, e tudo assim é assim. Questão de escolha. . Quem diria que as coisas (re)começariam assim?

Das minhas observações

Não sei quanto a vocês, mas sou detalhista demais. Observo demais, analiso demais. E procuro entender (quase) tudo. . Hoje eu observei o céu, azul como sempre. Pintado de uma tonalidade que eu ainda não conhecia. Vi um desenho entre as nuvens. Era o esboço de uma pessoa de braços compridos e abertos, como os teus. Inconscientemente, lembrei-me de você e do seu abraço. Aos poucos o esboço ia sumindo, desconfigurando-se. Não vi mais nada, só um borrão sem sentido e ventava muito. . O vento me levou os pensamentos. . Consegui guardar um: se um dia você achar esse desenho, lembre dos meus braços - que serão suficientemente grandes para não te deixar ir embora.

sábado, 19 de junho de 2010

Amor me perdoa!!! Juro que não esqueci, só estava na data atrasada... Sei que ficou chateado. Feliz aniversário! Te amo mto.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dias e dias

Tem dias em que vejo a vida como uma corrida de obstáculos. À noite, penso no dia que passou e no dia que virá e sinto uma angústia: será que vou conseguir? Corro contra mim mesma, contra o tempo, contra os compromissos que se acumulam e se empilham como folhas de outono. Tem dias em que me sinto esmagada sob eles. Tem dias em que me sinto vitoriosa por ter chegado ao final. E descubro que a nova etapa tem um circuito bem maior, com obstáculos bem maiores. Tem dias que tenho vontade de sentar no cordão e ver a vida passar. Deixar tudo correr no seu ritmo, sem ter que fazer tanto esforço para vencer, para fazer acontecer, para ser feliz. Vivo a minha vida em círculos cada vez maiores que se estendem sobre as coisas. Talvez não possa acabar o último, mas quero tentar.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Dormi, sonhei que vc telefonou e disse que não podemos mais continuar juntos. Vc disse que um telefonema seria a forma mais honesta de comunicar "isso". "Isso" no caso, era o fato de que nunca mais iriamos nos ver e que eu deveria entender o motivo. Tentei acordar, e então percebi que não estava sonhando... Minha vida se tornou um pesadelo! "Não há nada a fazer, apenas aceitar e sofrer..."

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tudo estava caminhando de acordo com as minhas decisões, o plano que criei estava sendo colocado em pratica, e as peças estavam se encaixando perfeitamente no quebra-cabeça dos meus sentimentos. As tardes eram as mesmas... Mas algo aconteceu, ele apareceu novamente como um intruso, no meu espaço. Sua chegada me provocou uma nova inquietação, confesso que sua presença me incomoda mas ao mesmo tempo me agrada. Lembro da nossa relação cheia de paradoxos. E quando dei por mim, já estava envolvida no seu olhar e sorrindo mais do que o necessário. Dizem que o ruim pode piorar, ou seja, trocamos segredos e confissões suspeitas sobre nós. Eu voltei a página e apaguei o ponto final, coloquei uma virgula e continuei a escrever. Queria que vc entendesse o grito que está escrito no meu olhar, e que traduzisse o verdadeiro significado dos meus risos ao seu lado, e desvendasse os mistérios que escondo quando nossos olhares se cruzam. Vc consegue acordar alguns sentimentos que coloquei na minha lista de “NÃO PODE”, quanto mais tento me afastar vc mais percebo que estou próxima, quanto mais tento fazer de conta que vc não me chama atenção, mais a minha atenção lhe persegue. Meu plano foi cancelado, e as peças que antes estavam se encaixando de acordo com o meu desejo de “ausentar alguns sentimentos”, foram reviradas pela sua presença.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Desisti...

Desisti porque é muito difícil. Não estou desistindo porque fiquei com preguiça de tentar. Durante muito tempo na vida agi assim, com preguiça de tentar. Mas dessa vez tentei, e muito. Uni todas as forças, acreditei em mim. Desisti porque estou cansada de tentar. Minhas forças acabaram, estou exausta. De tudo fica o aprendizado. Descobri que sou mais capaz que imaginava, descobri que meu limite fica num lugar diferente do que eu imaginava. Mas além do aprendizado, agora sinto dor. Desisti de dormir com o calor do seu corpo. Desisti de sentir sua respiração calma. Desisti da textura e do cheiro delicioso que tem a sua pele. Desisti do poder que tem de me fazer arrepiar as costas quando se aproxima. Mas agora estou cansada. Pode ser que passe. Prometo tentar acreditar que tudo passa (tomando chá ou cachaça) Rs...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

RECOMEÇO?

E depois que te afastei de mim Me lembrei de você por vários meses com um sentimento bom, por vezes pensava bastante em tudo o que passamos, tentava enteder o que não tinha explicação, e se tinha, eu preferia fingir que não. Percebi que o que foi, ficou, em algum lugar no tempo passado, mas que ainda assim em mim sobrevivia. E o tempo passou. Tempos se passaram. Mas suas marcas em mim continuavam vivas, me incomodando, se mostrando a todos. E caminhei buscando uma cura, procurando encontrar algo que me fizesse bem, mas não encontrei. Nem se quer uma borracha especial, que apagasse da pele o que não se importava em aparecer. Mas nem isso encontrei. E o tempo passou. Os anos também. E com ele você deixou de ser algo significativo pra mim, uma lembrança, nem boa, nem ruim. Difícil de se classificar, mas talvez diria, que foi mais uma novela da vida, daquelas que a gente acha que só acontecem em novelas. O que via em minha pele, de certa forma, havia me acostumado, e acho que os outros também, de certa forma, cicatrizes fazem parte da vida. E num dia ali, que acabou de passar, assim como o tempo, você me aparece pra dar um olá. Falando da vida, das mágoas e das alegrias da vida, do que havia sido, do que já era. E minha pele voltou a coçar novamente. Sonhei com você, calei pra você, repensei tudo de novo. E cansei. Cansei há muito tempo. Vamos deixar o que ficou no seu lugar, pra trás, pra lá do lado de lá. E olhar pra frente, pra página em branco que se extende sobre nós todos os dias, dizendo que podemos fazer diferente, da maneira certa, como deve ser. Pra frente e não pra trás.

Família, é bom e é ruim, nas devidas proporções.

E quis sair, pro meu mundo, pro meu canto, prum lugar só meu, sem ninguém, nem você, nem niguém, lugar onde não terei que me explicar, dizer, que disse, nem que nada, onde serei só eu, sabendo exatamente quem sou, e do que sou capaz, sem medo, nem receio, sendo apenas eu, eu mesma. E quis sumir, chorar, até não poder mais, esquecer, ser e não ser, invisível; pra mim mesma. Chorar até secar, até ninguém perceber mais, nem eu mesma. Num mar de lágrimas, renascer, ser outra pessoa, e nada mais do que eu mesma. Mas apenas eu. Completa. Única. Apenas. Sem e com vocês. Da maneira como deveria ser.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Florescendo...

A vida não passa, ela corre, acelera, pisa fundo. Ao longo dos meses, dos anos, pessoas vêm e vão. Tornam-se próximas e deixam suas marcas e depois se afastam. Passam apenas, muitas vezes. Mas ainda assim deixam saudade. Sem motivo concreto, sem razão aparente. Assim vieram, assim se vão. Um sorriso bobo, um olhar contente, uma idéia compartilhada, palavras escolhidas a dedo,para contar a história do que fora feito de toda esta gente. Transformam-se em estatísticas nas páginas de nossas vidas. Também eu tenho passado. Passado pelas vidas, pelos lugares. Tenho ido, tenho ficado. Passado. Ouvi de alguém, hoje pela manhã: "You bloom wherever you're planted". Talvez eu não tenha apenas passado!

Psiu...shhhh

Não fale nada. Não diga nada. Deixe que eu conte meus casos, fale mal do tempo ruim, reclame da chuva e do trânsito. Que eu gaste uma hora inteira reclamando da minha vida chata e monótona antes de perguntar o que você tem feito, por onde anda, como vai a vida . Deixe que eu me acostume com a luz que invade a sala e por um momento quase me cega, e que eu sei, é o seu sorriso. Acredite quando eu digo que senti sim, a sua falta. Que desejei não uma dezena, mas algumas centenas de vezes o abraço incondicional, a aceitação. Não pense que me esqueci, não. Não me queira mal por ser assim tão perdida. Se existem caminhos nesta vida, então sempre há a possibilidade da volta. Escute aqui, ninguém é perfeito. E eu, bem... eu sou este poço sem fundo de imperfeições. Mas nunca, nunca esqueci você!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Minha falsa felicidade

Até que um dia, sem mais conseguir se esconder sob máscaras e subterfúgios, ela viu. E ao ver seu reflexo no espelho, chorou. E ao chorar, abriu sua alma. E viu também seu interior. Viu as feridas, algumas cicatrizadas, outras não... viu os erros, corados de vergonha e ainda esperando perdão. Viu a criança e viu a mulher, cheia de sonhos e vontades e receios, pronta para viver. Ela deixou. Finalmente era ela. E foi inteira, vestida de desejos e anseios, armada de temores e dúvidas, olhos brilhantes e sorriso nos lábios. Cada passo, cada gesto, cada escolha, cada olhar e cada sílaba eram conscientes, ecoavam no seu corpo. Cada sensação era um milagre. Cada pequeno mistério resolvido era uma grande vitória. O frio na barriga, o arrepio, a leve falta de ar voltaram, e isso era felicidade! A minha velha e conhecida falsa felicidade...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Desordem

Quando começo a reorganizar minhas coisas, é sinal de que minha vida caminha no lado contrário.

domingo, 2 de maio de 2010

Sábio Cartola

"De cada amor tu herdarás só o cinismo Quando notares estás a beira do abismo Abismo que cavaste com teus pés."

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Nesses últimos dias, tenho estado sozinha. Aliás, tenho estado em minha companhia. Meus pensamentos estão me atormentando. Estou vivendo dias conturbados e felizes. É complicado, mas em meu corpo é tão simples! Fico aqui pensando em "cores que não sei o nome" e em "quais são as coisas pra te prender"! Estou enlouquecendo dentro de minha lucidez? Espero que sim!

Medo!

Quando as coisas vêm fácil demais, nos enganamos, tropeçamos, caímos, ganhamos alguns arranhões, levantamos e continuamos nossa vida. Tudo que vêm fácil demais, terá obstáculos no percurso. Nada é impossível. Tudo é provável. Precisamos nos concentrar e ter a certeza de onde estamos e se esse é o caminho correto, mas se ficarmos na dúvida por muito tempo, desperdiçamos tempo. É preciso arriscar. É preciso aprender a arriscar. É preciso jogar os dados e ver o resultado. O medo nos divide, nos invade, nos atormenta. Mas o que seria da vida sem o medo para nos encorajar? Uma vez li que o "medo é o sentimento de não estar ligado à existência". Eu tenho medo e é ele quem está me mostrando quem eu sou, o que eu quero, porque estou aqui. O medo tem me dado vida, coragem, força. Algumas coisas e pessoas apareceram em minha vida para me ensinar, e eu preciso aprender com isso e com eles. Algumas coisas vieram fáceis, e estão aparecendo os obstáculos. O resultado eu não sei. Um dia terei as respostas. Mas, no momento, quero aprender. Meus sentidos estão aguçados. Jamais me senti tão presente e viva. Jamais serei a mesma. Sempre inconstante. Sempre eu. Às vezes triste! ÀS vezes feliz!

Sobre meu medo de voltar...

Reta. Uma linha tênue entre dois pontos. Não tiro meus olhos dela. Tenho medo de me desequilibrar e cair. Cair no abismo. Treva. Solidão. Medo de ser só, de estar só. Medo da loucura possível. Medo que o invisível me domine. Que ele tome conta de mim, do meu corpo, do meu sonho de ser alguém além de mim. Sinto medo das palavras não pronunciadas, que elas possam me espancar e deixar sequelas. Mas a linha continua lá. Reta. Tênue... e inquebrantável.

Viajando... Na mente!

Hoje sentada, pernas cruzadas e olhos fechados senti meu peito explodir. Como um raio que batesse e chocasse todos os sentimentos, lembranças me afogaram, gota por gota, até meu coração transbordar. E de tão vermelho, como sangue, entrar em erupção. Uma lágrima escorreu por meu rosto e senti seu gosto salgado na minha boca. E então eu senti que eu já não era mais a mesma. Minha alma esta fugindo... Esta fingindo...

sábado, 17 de abril de 2010

A falta que transborda.

Nesses dias, li trechos de Rubem Alves que me fizeram lembrar a senhora, Vó. Diziam assim: "É na ausência que a saudade vive. E a saudade é um perfume que torna encantados a todos que o sentem. Quem tem saudades está amando. Tenho de partir para que a saudade exista e para que eu continue a amá-la e você continue a me amar." Não preciso acrescentar mais nada. Os dias são difíceis sem a senhora Vó. A senhora sabe o quanto... (para se ouvir ao som de Tears in heaven - Eric Clapton)

Feng-shui interior

. "Eu comecei minha faxina. Tudo que não serve mais (sentimentos, momentos, pessoas) eu coloquei dentro de uma caixa. E joguei fora. (sem apego. Sem melancolia. Sem saudade). A ordem é desocupar lugares." .

O que me faz feliz!

Um café bem passado. Acordar com um beijo e um cheirinho no pescoço. Dormir mais um pouco. Abrir as janelas, receber um bom dia, trocar um abraço apertado. Um domingo à toa, sair com os amigos. Uma boa pizza, um suco gelado, sorrisos trocados. Arroz com feijão, matar a saudade. Uma pausa para pensar e esquecer do tempo. Um livro, uma rede e música de fundo. Morango com açúcar e chocolate congelado. Pegar frutas no galho, deitar na grama, brincar com os cachorros. Ficar sem fazer nada, conversar besteira e passar o dia deitada. Ver um pássaro voando e uma criança aprendendo a falar. Meus sonhos também me fazem feliz. Viver me faz feliz. . . . E vc? O que te faz feliz?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Que seja doce!

Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e lembrar de você. Que sejam doce os finais de tardes, inclusive os de segunda-feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar. Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e recadinhos bonitinhos. Que seja (mais do que) doce a voz ao falar no telefone. Que seja doce o seu cheiro. Que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio. Que seja doce o seu modo de andar, de sentir, de demonstrar afeto. Que sejam doce suas expressões faciais, até o levantar de sobrancelha. Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado. Que seja doce a ausência do meu medo. Que seja doce o seu abraço. Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão. Que seja doce. Que sejamos doce. E seremos; eu sei.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Que seja doce... Seja doce... Seja doce...

"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada." . Os dragões não conhecem o paraíso;

domingo, 11 de abril de 2010

Eu conheço o medo de ir embora Não saber o que fazer com a mão Gritar pro mundo e saber Que o mundo não presta atenção Eu conheço o medo de ir embora Embora não pareça, a dor vai passar Lembra se puder Se não der, esqueça De algum jeito vai passar O sol já nasceu na estrada nova E mesmo que eu impeça, ele vai brilhar Lembra se puder Se não der esqueça De algum jeito vai passar Eu conheço o medo de ir embora O futuro agarra a sua mão Será que é o trem que passou Ou passou quem fica na estação? Eu conheço o medo de ir embora E nada que interessa se pode guardar Lembra se puder Se não der esqueça De algum jeito vai passar
Seguindo a “vertente literária” da auto ajuda, resolvi escrever uma lista de dicas e regras para bem viver: - há coisas em que só se pensa, não se fala; - quem lava a louça, não seca; - você pode bloquear uma pessoa do MSN, da vida real é bem mais difícil; - o dia nunca vai ter 25 horas... se conforme e se organize; - intimidade leva tempo para se construir, desinibição é outra coisa; - só faça elogios sinceros. É melhor para o elogiado e para você; - se falar bobagem, se desculpe. Tentar remendar nunca funciona e só piora; - se não lembra de uma pessoa, diga; - quem acaba o papel higiênico do banheiro tem que providenciar a reposição; - sempre desconfie de quem faz muita auto promoção; - se você coçar, vai piorar; - se ficar rica, bonita e achar o príncipe encantado fosse fácil, todo mundo já teria feito; - intolerância não é divertida, é burrice.

quinta-feira, 25 de março de 2010

10 de março de 2010

Releio as cartas que rasguei, não são poucas. Beijo a sua fotografia. Das minhas manias loucas, Lembro do modo como você sorria. Cega, seguia no escuro. Buscava o que já possuia, A essência do que dizia ser puro E o que era meu, a ti pertencia. Eu me dei mais do que podia e isso nunca bastou. Talvez tenha recebido mais do que tenha dado, Não sei, minhas contas sempre dão errado. Das vezes que tentei me mudar, Não sei mais quem eu sou. Já perdi o rumo, o limite e a medida Me engano cada vez que tento acertar Fecho os olhos, faço um pedido: Que eu não tenha medo, Que a ninguém mais eu fira E que eu não seja mais incapaz de amar.

Mas eu ainda te amo...

Quando menos esperei você me deixou, aonde nunca imaginei que um dia pudesse chegar. Tentei te mostrar, mas em sua mente inebriada não havia espaço para a verdade, talvez por vontade própria, talvez por não saber o que fazer, você preferiu seguir a em frente e agir como se eu não existisse. Mais uma vez me vi num lugar estranho, com vontade de me levantar, dar adeus e sair, mas de novo, pensei na gente e não só em mim e me deixei ficar, mesmo sem a certeza de que você algum dia enchergaria os dois lados da moeda. E fui ficando sem saber até quando... E me fiz acalmar, tentei adormecer e pretendi que não estava ali, sozinha, calada, sóbria, surda. E esperando permaneci, ouvindo pequenos sussurros que preferia não ter ouvido, vendo gestos que gostaria de não compreendê-los, existindo calmamente enquanto a fera em mim observava como um felino que espera o momento exato para atacar, correr, ou simplesmente, bater em retirada. Como se meu nome não fosse ouvido mais. Apenas minha vontade...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Meu homem perfeito: - Não precisa saber o que falar sempre, mas o momento adequado para dizer cada palavra; - Não precisa ter sempre alguma nova ideia, mas que faça das dele as melhores possíveis; - Não precisa ser sempre bem humorado e alegre, mas precisa não me deixar triste; - Pode não ter a maior sensibilidade do mundo, mas deve entender o que é TPM, cólicas, e que eu preciso de pri-va-ci-da-de; - Não é necessário que tenha o melhor gosto músical, mas é imprescindível que entenda que um bom trechinho de música por mensagem fará com que meu dia seja muito melhor; - Não precisa ser 'expert' em cheiros e odores, mas tem que ser capaz de saber diferenciar o meu cheiro entre tantos outros; - Deve ser, a todo momento, atencioso quando falo; - Não é necessário que seja muito romântico, contanto que seja educado comigo, com minha família e meus amigos. - Não importa que olhe para outras mulheres, desde que não faça isso na minha frente. - Nunca, em hipótese alguma, deve se prender a mim e deixar os amigos de lado: precisa saber dividir o seu tempo da forma que achar convincente e sem esquecer ninguém. - Por último e não menos importante: precisa demonstrar para mim o que sente, mas sem exageros. Fico satisfeita com o essencial. Para me conquistar: - Nada de frases feitas e clichês baratos. Muito menos filosofias de mesa de bar ou excesso de convicção. - Originalidade é o que conta e esses excessos são menos valorizados do que o que é insuficiente - ao menos para mim. - A cantada não precisa ser engraçada, mas é preciso me fazer sorrir bonito de canto de boca ao mexer nos cabelos depois de longas trocas de olhares. - O cara precisa saber andar de mãos dadas e não achar isso piegas. - Precisa ter o mesmo ritmo na dança, gostar de frequentar lugares parecidos e ser simpático com minhas amigas. - Não pode deixar de ter aqueele perfume que fique na minha pele e, pelo amor de Deus, que não seja cítrico! Fico enjoada e com dor de cabeça. - A síntese de uma cantada perfeita é aquela em que o cara consegue fazer com que eu pense no próximo encontro com a melhor (e mais sincera) das expectativas. - E sim, as melhores armas para a conquista são as coisas simples e significativas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

5 REGRAS DO AMOR!

Regra nº 1: Não planeje - seus planos nunca sairão exatamente como foram feitos. Fato. Regra n° 2: Não espere - absolutamente nada! não espere retribuições com a mesma intensidade e o carinho com que você fez/demonstrou/sentiu. Cada um sente e interpreta as coisas e os sentimentos de forma exclusiva. Regra nº 3: Não se desespere - isso só serve pras indústrias de cosméticos lucrarem com altas tintas de cabelo, cremes anti-rugas e maquiagens caríssimas. Mais sério ainda: tudo acontece porque é pra acontecer. Tudo tem uma causa. E o motivo a gente só entende bem depois. (Caso seja maduro demais pra isso). Regra nº 4: Não Deixe - seus sonhos passarem por entre os vincos de suas mãos, os desejos inconstantes se perderem no tempo, as felicidades nascentes de pequenas coisas se acabarem num piscar de olhos e estalar de dedos por motivos inúteis e infundados. Faça tudo às avessas; deixe que os outros pensem e falem o que bem entenderem, o problema é deles mesmo. Terão cinco trabalhos: pensar, falar, invejar, resmungar e esquecer. E, no final, você será muito mais feliz. Regra nº 5: Seja - o melhor que puder. Sem meios termos ou meia boca. Seja inteiro(a).

quarta-feira, 3 de março de 2010

Conselhos...

Há várias evidências de que tenho cara de ser extremamente confiável. Velhinhos pedindo ajuda para sacar dinheiro, pessoas praticamente estranhas pedindo informações ou oferecendo favores. Não sei se é o meu tom de voz, sempre (aparentamente) calmo, ou meu rosto mesmo, mas já me deparei com muitas situações em que percebo como pareço confiável. Antes que surjam dúvidas, adianto: sou realmente uma pessoa confiável! Mas em geral leva um tempo para se fazer esse julgamento. Além disso, as amigas pedindo conselhos, desde sempre, mostra como pareço confiável. E o pior é que eu sempre aviso: olha, sou péssima para dar conselhos, não consigo aconselhar nem a mim mesma! Mas devo dizer que muitas vezes dou conselhos muito bons! Inclusive alguns eu deveria seguir! O momento em que se pede conselho é o momento da indecisão, da dúvida. Normalmente, é o momento em que se sabe exatamente o que se deve fazer, mas a coisa certa não é a mesma opção que a coisa desejada, endende?. Daí surge a dúvida... O conselho que acho mais útil é: o que você diria se essa situação não fosse com você, mas com sua melhor amiga? A gente sempre tem conselho para as amigas, afinal. E quem melhor para ser nossa melhor amiga do que nós mesmas? Como eu falei, a gente sabe o certo a fazer, apenas não quer. Tirando-se do foco um pouquinho, se colocando como “melhor amiga”, fica muito mais fácil saber. Só resta fazer.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

"Para cada pedaço de mim que te quer há outro pedaço que se afasta"

Ainda sou jovem e posso perder algum tempo sem perder uma vida inteira. Tenho evitado cair de joelhos diante do que cresceu entre nós. Sei que respondo com indiferença quando (angustiada) estou longe de você. Sorrimos muito quando estamos em público, mas sei que se estivéssemos a sós, você não sorriria. Fico calada quando de longe observo você conquistar a todos com essa simpatia, sua característica mais marcante – depois do seu sorriso, é claro. Mas permaneço quieta e com cautela, analiso a minha discreta cena de ciúmes. É raro eu tomar cuidado com a intensidade da emoção para não demonstrar isso quando te olho. Não tenho medo do que possa acontecer. Apesar da minha ousadia, existe um grande, o maior obstáculo para irmos adiante: Você mesmo. Você tem sido a maior dificuldade no nosso caminho. E é com enorme esforço que digo: Te espero.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Carta que recebi de uma amiga.

Mexendo em uma caixa de coisas antigas achei uma carta que recebi a uns 3 ou 4 anos de uma amiga que já não vejo. Depois de ler lembrei e emocionei-me novamente com uma parte. Resolvi postar: "Pra viver contigo o cara tem que ser muito especial, mas especial mesmo. Tem que ter alma clara, mente aberta, ler as estrelas e criar desafios palpáveis e inimagináveis. Tem que ser aventureiro da existência e soldado da resistência. Tem que poder lhe pagar um grande sonho e vivê-lo ao teu lado. Tem que saber se comportar à mesa mas perder a linha diante de um cachorro-quente ou de um bom mac lanche. Ser o amor de uma pisciana é muito mais do que ser amado. Por isso, a hora que encontrares alguém com todos estes predicados saberás que caíste em tua própria armadilha e que só haverá futuro se fizeres teu presente e... passado é passado" Mônica Santana
"Jamais caia, roube, engane ou beba. Se for para cair, que caia nos braços do seu amor, Se for para roubar, roube boas amizades, Se for para enganar, que engane a morte, Se for para beber, beba nos momentos de tirar seu fôlego.¹" ¹Do filme Hitch - Conselheiro amoroso

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ela por ela mesma.

Ela gosta de pessoas atenciosas e que conversem olho nos olho. Se dá bem com quase todo mundo e sabe diferenciar muito bem as pessoas. Admira grandes sorrisos e tem uma tara (que não é nada secreta) por pernas. Tem horror de falar em público e treme as mãos em uma velocidade incrivel por segundo. Faz coleções esquisitas e acaba desistindo, e tem manias estranhas que se surpreende ao descobrir. Tem cócegas quando mexem na barriga dela e não gosta de variar os esmaltes das unhas dos pés. A mania de limpeza tira qualquer um do sério. É tão detalhista quanto observadora e tem uma memória péssima. Faz monólogos e discute ate com quem não existe. Inventa uma terceira pessoa só para não se sentir sozinha. Cozinha como ninguém e tem a imaginação fértil demais para idéias que não fazem sentido algum. A personalidade fria e calculista é puro artificil. No fundo, a generosidade afetiva é tão grande quanto a carencia. Seu passatempo é procurar explicações para as alegrias e para os problemas do mundo das emoções. É também os livros que lê e o que pensa, mas, às vezes, suas emoções contadizem suas palavras.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Às vezes...

Às vezes tudo o que vc pode fazer é colocar um sorriso no rosto. Mesmo que esse sorriso faça doer (e depois adormecer) os músculos da sua face e do seu peito. Mesmo que, assim sorrindo, seu reflexo no espelho seja de um completo estranho. Às vezes a vida não sai como o planejado. Mesmo quando vc nem sabia direito como queria que fosse. Mesmo que vc só tenha vivido atraves da falta. Às vezes pensar dói. Mesmo que a dor não seja palpável. Mesmo que não possa ser curada em seu espírito. Às vezes erramos em nossas vidas. Mesmo que precisemos de uma vida inteira para entender onde erramos. Mesmo que nada possa ser feito com essa sapiência. Às vezes a vontade é simplesmente de parar. Mesmo que o coração continue a bater. Mesmo que o cérebro continue a pensar.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mas não é, com certeza o meu país!

Tô vendo tudo! Tô vendo tudo! Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo. Um país que as crianças elimina Que não ouve o clamor dos esquecidos Onde nunca os humildes são ouvidos E uma elite sem Deus é que domina Que permite um estupro em cada esquina E a certeza da dúvida infeliz Onde quem tem razão baixa a cerviz E massacram-se o negro e a mulher Pode ser o país de quem quiser Mas não é, com certeza, o meu país Um país onde as leis são descartáveis Por ausência de códigos incorretos Com quarenta milhões de analfabetos E maior multidão de miseráveis Um país onde os homens confiáveis Não tem voz, não tem vez, nem diretriz Mas corruptos tem voz, e vez e biz E o repalto de estímulo incomum Pode ser o país de qualquer um Mas não é, com certeza, o meu país Um país que perdeu a identidade Sepultou o idioma português Aprendeu a falar 'pornofonês' Aderindo à global vulgaridade Um país que não tem capacidade De saber o que pensa e o que diz Que não pode esconder a cicatriz De um povo de bem que vive mal Pode ser o país do carnaval Mas não é, com certeza, o meu país Um país que seus índios discriminas E as ciências e as artes não respeita Um país que ainda morre de maleita Por atraso geral da medicina Um país onde escola não ensina E hospital não dispões de raio-x Onde a gente dos morros é feliz Se tem agua da chuva e luz do sol Pode ser o país do futebol Mas não é, com certeza, o meu país Tô vendo tudo! Tô vendo tudo! Mas, bico calado, faz de conta que tô mudo Um país que é doente e não se cura Quer ficar sempre no terceiro mundo Que do poço fatal chegou ao fundo Sem saber emergir da noite escura Um país que engoliu a compostura Atendendo a politicos sutis Que dividem o Brasil em mil Brasis Pra melhor assaltar de ponta a ponta Pode ser o país do faz-de-conta Mas não é, co certeza o meu país Tô vendo tudo! Tô vendo tudo! Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo (Zé Ramalho - O meu país)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Visão.

De dentro do ônibus eu o vi. Sentado na calçada, com as pernas esticadas na rua. A sola dos pés pretas e grossas, como solados. Cabelos altos, crespos e grisalhos. A barba era imensa, quase chegando no peito. Pele queimada pelo sol. Muitas rugas ao redor dos seus olhos atentos. Vestia trapos bem sujos. Ao seu redor muitas sacolas de lixo, restos espalhados pelo chão. Um pé de sapato solto na calçada. Um saquinho menor com restos de comida que provavelmente seria sua próxima refeição. Um cobertor dobrado encostado no muro da casa e um grande papelão. Uma resvista aberta sendo folheada cuidadosamente pelo mendigo. Seus olhos brilhvam. Aquilo parecia um presente para ele. Folhas coloridas, informações, fotos, ilustrações. Por ali ele via um mundo diferente do seu. Será que sonhava com uma vida diferente? Ou apenas admirava as fotos das belas praias? Será que imaginava que aqueles lugares seriam reais? Quem há de saber? As perguntas brotavam na minha mente. Será que ele ainda tem familia? E se tiver, onde estarão? Por que ele vive na rua? O que terá feito para estar nessa situação? Será que ele tem fé? Onde está Deus? Será que Deus realmente existe? Queria ter conversado com o mendigo. Queria respostas para minhas perguntas. Queria poder ajudá-lo. Queria aprender com aquele homem por traz da pobreza. Cinhecer sua alma, sua essencia, sua verdade. Mas o onibus seguiu viagem... E eu também...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

"Senhor, dái-me força para aceitar o que não pode ser mudado..."

“Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado.

Resignação para aceitar o que não pode ser mudado...

E sabedoria para distinguir uma coisa da outra”.

O problema é justamente esse: encontrar a sábia diferença entre o que pode ser aceito e o que é inaceitável.

Muitas pessoas entram neste dilema. Todos nós conhecemos alguém a la 'Madre Teresa' que aceita qualquer condição e tratamento, seja de quem for, do chefe, do marido desleixado, do filho mal-educado, da vizinha intrometida, da sogra indiscreta, da amiga invejosa, do padeiro sem respeito. Assistismos às suas atitudes e não conseguimos compreender como a 'Madre Teresa' aguenta tanto desaforo na vida, e ainda com um sorriso no rosto, sem reclamar. Ela crê que as pessoas são como são e que devêmos aceitá-las dessa maneira, sem tentar modificá-las. A tal 'Madre' acha que nós somente mudamos a nós mesmos e que a maior reforma é a íntima.

Por outro lado há também a 'Maria Zangada', aquela que a tolerância é zero. Não suporta nem um suspiro mal dado ao seu lado e lá vai ela a soltar seus cachorros. Essa pensa que tudo deve ser mudado e que tudo é inaceitável. Me ofereceu um café-da-tarde? Ai que horror, é uma pão-dura, por que não convidou para o jantar? Vem me visitar no domingo? Não sabe que é o dia do descanso? Que amiga incoveniente... a lista não se finda. Reclama do sol, da chuva, do calor, do frio, da neve, da praia, da serra e nem as moscas escapam de sua língua ferrenha...

Mas e agora, o que eu faço?

Percebo que ser resiliente demais leva as pessoas ao nosso redor a nos desrespeitar, a não saber o limite de onde parar, de como proceder conosco. Como uma amiga minha já disse: "As pessoas te tratam da maneira que permites tratá-la". Já se fores instransigente demais, tornas-te indesejável, negativa e excessivamente intolerante.

A sabedoria está no meio termo, todos sabemos disso, mas como eu acho esse fulano?

Tenho praticado a resiliência de maneira cada vez mais ativa e mais consciente. Praticando a dita reforma íntima que tantos falam, tentando me tornar uma pessoa melhor. O problema é que estou achando que ando aceitando demais pois os sinais de abuso no comportamento das pessoas que me cercam está comecando a aparecer. Triste isso do ser humano abusar da paciência alheia. Ninguém abusa de um 'Saraiva' pois tem receio de suas explosões. Vamos lá abusar da 'Madre' pois esta não diz um ai. Muito feio!

Acho que terei que repetir a reza por mais umas 10 novenas até que eu encontre a sabedoria para distinguir o que devo aceitar e o que vale a pena lutar para ser mudado. Ó pai!

Transformando...

Me disseram alguns dias atrás que deveria lutar minhas guerras e não as dos outros e isso teve grande significado em mim. Por razões diversas tenho me sentido insatisfeita, mesmo em ocasiões quando não deveria me sentir assim. E após essa conversa tenho procurado modificar o que está ao meu alcançe e de certa maneira estou me sentindo melhor. Após várias reflexões percebi que eu mesma digo muitos 'nãos' para mim, atos e palavras que sabotam minha felicidade e apesar de não saber exatamente a causa dessas auto-sabotagens tenho tentado sanear o problema. Cansei de palavras como "se", "talvez", "quem sabe" e o famoso "quando". Como assim quando? Se o momento preciso é o agora, se a máquina do tempo se move em motor contínuo e desta maneira estamos em constante transformação. Hoje o que eu quero para meu futuro é o dia presente vivido da maneira como sempre sonhei, transformando 'nãos' em 'sins'.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Hoje pela manhã quando acordei frustrei-me, pois não conseguia lembrar-me do sonho que tive. Mas sei, bem aqui dentro de mim, que foi um sonho bom. Fiquei pensando sobre a vida e pensei como seria a minha vida daqui a uns 5 ou 10 anos. Não consegui imaginar como seria, tive medo de de repente não ser bom esse futuro que está por vir. Contei então até 10 e em cada número contado desenhei no meu pensamento um sonho. 1 - VOLTAR A VER MEU PAI. Minha mãe se separou quando eu tinha 2 anos de idade e desde então não nos vemos mais. 2 - TER ALGUÉM PARA AMAR E QUE TAMBÉM ME AME. Na verdade já tenho uma pessoa que amo incondicionalmente e quero que todos os meus sonhos se relizem com ela, mas falta-me a confirmação do 'QUE TAMBÉM ME AME' 3 - TORNAR IMORTAL A TODOS QUE AMO. Sobrinhos, mãe, irmãos, namorado, alguns amigos e parentes... 4 - UM FILHO MEU. Que fiquei no meu ventre por 9 meses e nasça de parto normal para que eu sinta a dor do amor materno. O maior sonho da minha vida. 5 - CONHECER OS SEGREDOS DA VIDA. Saber porque as vezes a vida é tão injusta. 6 - FAZER AMOR E ACORDAR TODOS OS DIAS COM A MESMA PESSOA. Mesmo que 'FAZER AMOR' seja somente dormir abraçada a esta pessoa. 7 - SER CRIANÇA. Para saber como... 8 - VOLTAR A PINTAR. Pintar a mim mesma como costumava fazer. 9 - ESCREVER E PUBLICAR UM LIVRO. Porque eu não nasci em vão e a minha historia de vida tem que ser eterna. 10 - MORRER E LEMBRAR TODOS OS MOMENTOS BONS. Que seja eterno enquanto dure...

O dia em que resolvi orar!

Cara, tô cansada de muitas coisas na minha vida! Tô, como dizem, de saco cheio... Então ao inves de gritar e xingar o mundo eu resolvi orar:
"Pai, protege-me desta nuvem escura de melancolia que parece já ter nascido comigo. Abre meus olhos e meu coração para que eu não apenas veja, mas viva com a consciência de quão pequenos são meus problemas. Extirpa de minhas entranhas esta urgência em tentar organizar, listar, arrumar a vida, perdendo meu precioso tempo de tentar viver melhor. Arranca, Pai, do meu ser esta eterna sensação de ser e estar inadequada para tudo. Remove meus pensamentos repetitivos tão recheados de medos e inseguranças, que franzem meu cenho e tornam-se amarga e pessimista. Concede-me a dádiva da perseverança, para que eu não mais me decepcione por não conseguir o que preciso, apenas pelo fato de não ter tentado um pouco mais. Sou muito grata pela minha saúde física de ferro (é.. é... hironia pura...), e já abusando, peço-Te um pouco mais de equilíbrio para minha saúde mental (na verdade é não te peço um pouco, Senhor, te peço muito...). Permita-me ter boas noites de sono e que durante elas eu visite apenas lugares e seres de luz. Arranca de mim este eterno sono, torpor e a preguiça que me privam de tantas coisas. Ensina-me a Te encontrar mais facilmente em pequenos momentos do dia, lembrando sempre que sou parte de Ti e ensina-me a meditar de verdade, acalmando meu cérebro inquieto para que possamos conversar mais de perto eventualmente. Não permita que eu perca meus amigos, nem que me distancie deles. Ajuda-me a aprender a ser mais disponível. Ilumina meu coração, Senhor, para que eu saiba valorizar de verdade as pessoas ao meu redor que merecem ser valorizadas e para que eu saiba identificar e evitar com respeito e gentileza, mas com firmeza, aqueles de quem não tenho condições de aprender ou ensinar. Ensina-me, meu Deus, a andar devagar pela vida, apreciando a paisagem, e ajuda-me a evitar ser apenas engolida por ela. Leva embora meu orgulho, minha empáfia, meu silêncio e traga um pouco de humildade para seus lugares. Permita-me, Pai, que eu consiga ser menos crítica para com os outros e para com meu próprio umbigo. Que o meu amor não se contamine mais com meus defeitos e minha amargura. Que ele saiba manter-se equilibrado e um porto seguro, como (quase) sempre foi. Que não nos falte mais diálogo e a intenção de vestir os sapatos um do outro e que para cada momento de preocupação e estresse que ele passe comigo, que eu seja capaz de proporcioná-lo muitos outros momentos que valham a pena. Senhor, traga mais sorrisos para este mundo e para todos que nele estão. Amém..."

Prece para todos os anos.

Prece para o ano novo Esse ano, eu quero dormir menos, ler mais, ter mais energia para encarar o que vem pela frente diariamente. Quero passar mais tempo com meus sobrinhos. Quero fazer novos amigos. Quero cultivar com carinho os amigos que já tenho, me embriagando na alegria que é ouvi-los gargalhar. Quero prestar mais atenção à natureza e às coisas que me rodeiam. Quero ser menos distraída. Quero ser menos desastrada. Quero ter menos metas, menos prazos, menos cobranças endógenas. Quero aprender coisas novas. Quero me aperfeiçoar no que faço com prazer. Quero continuar a levar a vida com o peito aberto, cabelo ao vento, gente jovem reunida. Quero plantar uma árvore, escrever um livro, ter um filho. Quero carneiros e cabras pastando solenes no meu jardim. Quero um jardim. Quero viver à pão de ló e Moe Chandon. Quero sonhar alto. Toda noite e todo dia. Quero de tudo, um pouco.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Esta noite esta calor e eu não tenho sono. Fui até a geladeira e peguei minha garrafinha d'água, sentei na varanda e olhei para o céu estrelado desta noite. Percebi o quão belo ele esta e fiquei a admirá-o profundamente, um vento fresco ate arriscava ensaiar uma dança e balançava meus cabelos. E uma pergunta me incomodava bastante. A dúvida de entender quem sou e poder dizer quem sou. Percebi que não tenho nem um terço de auto conhecimento. Posso facilmente dizer e expor meus desejos, anseios, fraquezas, angustias, tristezas, gostos e desgostos. Mas, o fato de ser incapaz de dizer quem sou verdadeiramente perturbou-me. Percebi que a cada dia fui um personagem diferente. Entrando e saindo de cena, atuando em vários papéis e sendo vários personagens diariamente. Assim, não posso auto me definir, pois tudo o que sou não é nada do que sinto. Assim, como tudo o que eu sinto, não é nada do que penso. Meus pensamentos não têm nada a ver com o que sou. Atitudes para muitos é o mais important, mas para mim é a imaginação. Posso ser quem desejo com minha imaginação. Assim, voarei por lugares que nunca eu, e quem quer seja, poderia imaginar. E, contudo, mesmo que eu conseguisse dizer quem sou. Não diria. Pois, estaria auto me definindo. Assim, expondo meu verdadeiro eu e seria eu então facilmente entendida por quem quiser que seja. E não é isso que eu quero. Quero ser um personagem a cada dia e continuar a atuar em meus papéis. Dando vida a minha imaginação, assim, nada do que eu penso transforma-se no que sinto. Tão pouco, o que sinto resuma-se no que sou. Meu verdadeiro eu está trancado dentro de minha imaginação e não pretendo e nem desejo libertá-lo. Agora, percebi que eu sei quem eu sou, mas nunca consegui dizer. Pois, inconscientemente algo me bloqueava, e esse bloqueio, partia da minha imaginação. Pois, libertando o eu verdadeiro, eu estaria sendo facilmente fragilizada e toda a fortaleza que durante anos eu criei, seria derrubada no final de minhas palavras. Assim, nunca mais poderia voltar a atuar meus personagens em minha imaginária peça de teatro e tudo o que eu resumiria em palavras, transformaria no que sinto, penso e sou.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Balanço?

2009 foi um ano confuso. Ah sim, se foi! Graças a Deus... Um turbilhão de sentimentos malucos, de acontecimentos inusitados, de fracassos, conquistas, reconquistas, descobertas, amores, desamores, perdões, decepções, reaproximações, distanciamentos, encontros, reencontros, desencontros, realizações e amadurecimento. Mais uma vez me decepcionei com pessoas que acreditei serem amigas. Mais uma vez tive a certeza de ter amigos de verdade. Tive a alegria de poder contar com minha mãe em alguns momentos. Mais uma vez briguei e voltei com meu namorado (mas dessa vez esta sendo diferente, depois posto sob re isso...) e com isso, mais uma vez tive provas de ter dentro de mim um amor mais que verdadeiro. 2009 foi um ano quase como todos os outros, mas no geral tirando lições positivas e lutando ainda para manter o bom humor. Sempre! Da lista do ano passado ainda tenho algumas coisas a fazer, mas consegui riscar alguns itens e espero mantê-los. Mas nada de lista para o próximo ano. Quero apenas ser feliz e fazer felizes os que amo. Quero apenas viver bem, ter paz e entendimento para trilhar meu caminho. E assim seguir em frente.