quarta-feira, 19 de maio de 2010
Minha falsa felicidade
Até que um dia, sem mais conseguir se esconder sob máscaras e subterfúgios, ela viu.
E ao ver seu reflexo no espelho, chorou.
E ao chorar, abriu sua alma. E viu também seu interior. Viu as feridas, algumas cicatrizadas, outras não... viu os erros, corados de vergonha e ainda esperando perdão. Viu a criança e viu a mulher, cheia de sonhos e vontades e receios, pronta para viver.
Ela deixou. Finalmente era ela. E foi inteira, vestida de desejos e anseios, armada de temores e dúvidas, olhos brilhantes e sorriso nos lábios.
Cada passo, cada gesto, cada escolha, cada olhar e cada sílaba eram conscientes, ecoavam no seu corpo. Cada sensação era um milagre. Cada pequeno mistério resolvido era uma grande vitória. O frio na barriga, o arrepio, a leve falta de ar voltaram, e isso era felicidade! A minha velha e conhecida falsa felicidade...
Assinar:
Postagens (Atom)