sexta-feira, 6 de agosto de 2010

E agora? O que vem?

Eu não morri quando disse que vi que nunca me amou, e tampouco quando decidia (varias vezes) fechar a porta de vez. Eu não morri quando me dei conta de que tudo aquilo passou, e que dessa vez a coincidência do amor foi engano. Eu não morri quando olhei nos seus olhos e vi outra pessoa, e nem quando cheguei a sentir pena de mim mesma. Eu não morri quando as cores ficaram mornas e as sombras em preto e branco começaram a me assombrar novamente. Eu não morri quando tive que estar longe na hora em que deveria estar no seu colo. Eu não morri quando tive que espantar a solidão a chutes, nem quando tive que correr pros braços ásperos do medo ou quando escutei aqueles conselhos bregas da raiva. Eu não morri por me achar egoísta e insensata. A sensatez nunca combinou muito com nossa história mesmo. Eu não morri por fazer do meu ego um persongem de contos de fadas. Os mais modernos não precisam ter mais um final feliz. Eu não morri, porque a morte é quando a alma se cala. E eu permaneci em silêncio. Mas minha alma gritava. Que te ama...