sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Em 8 de outubro de 2011

Minha vida, de sólida que era, tornou-se um desmoronamento sutil de padrões, ideias e sensações. 
Meu corpo, de limpo que era, tornou-se um mapa rabiscado várias vezes pela mesma letra. 
Meu sorriso, de amplo que era, tornou-se uma ponte e uma placa de sinalização que avisa "permitido ultrapassar". 
Meus olhos, de profundos que eram, transbordam agora um rio inteiro de saudade e esperança. 
Meus sonhos, de altos que eram, tornaram-se estacas que prendem minhas conquistas ao chão e me protegem das tempestades. 
Minha fé, de fraca que era, agigantou-se e fez sombra para todos os demônios da infelicidade que me aguardavam na esquina. 
Minha cor, de pálida que era, coloriu-se de tantas cores quantas eram minhas expectativas. 
Meu barco, de frágil que era, carregou-se de âncoras de certezas vacilantes, as melhores. 
Minha casa, de simples que era, transformou-se em palácio dourado onde dorme a realeza sem coroa. Minhas palavras, de raras que eram, espalharam-se fluidas, jorrando pétalas de todas as flores que passaram a brotar em mim. 
Meu silêncio, de sereno que era, inquietou-se e foi preenchido pela lembrança de cada fôlego e cada sussurro. 
Meu espírito, de terreno que era, acomodou-se na nuvem mais alta, circundada de tantas canções quantas eram minhas incertezas. 
Estas, por sorte, eram muitas.
É estranho desabafar de outra maneira que não escrevendo; tenho a impressão de que o dito não foi dito, que um tanto fica escondido ou, o que pode ser pior, que deixei algo subentendido.

Portanto, aqui estou pra te falar mais – e da maneira que me é mais fácil.

Pra iniciar, preciso confessar que me rendi. Na verdade, desisti de tentar te tirar daqui. Nessa luta, só tenho apanhado e talvez por isso esteja tudo tão dolorido. A partir de agora, entrei em acordo comigo mesma: paro de me autossabotar e me permito viver livre, da maneira que sou – liberdade essa que você me transmite, não me deixando ficar escondida e camuflada entre os meus medos e inseguranças (exceto quando aninhada em seus braços e abrigada no seu colo, oculta pro resto do mundo).

E então, funcionará assim: quero dar, quero precisar e quero oferecer o que disponho (aquilo que é meu, mas que te pertence). Não quero exigir, nem solicitar, apenas quero receber o que tu tens pra mim.

Quero ficar ao teu lado, despida de barreiras pra, quando eu partir, seja esse o nosso final, até o breve retorno.
E, enquanto aguardamos esse nosso regresso, eu te crio cá dentro, pra ficar junto a mim. E, neste período em que não estás, uso o meu tempo da melhor maneira que me é permitido: esperar-te.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Você acha que mais cedo ou mais tarde isso ia mesmo acontecer. Bobagem eu  pensar que seria forte e que suportaria tudo.
Meu medo driblava um pouco essa questão de que conseguiríamos levar as coisas na leveza.
Porém, o que é muito, transborda.
Nesses dias em que tudo esta estranho, que as pessoas perceberam nossa distância e que você pensa no acontecido e no que fazer, eu sofro...
Eu sofro calada, escondida, quieta. Com meu coração apertado, uma vontade dilacerante de escancarar tudo e um desejo surreal de você.
Doí demais porque eu sei o que você estava passando.
Eu sei que há uma outra certeza que te balança e que mexe demais contigo. Mas eu bem sei que a nossa história, essa nossa louca história, também te pesa. E te confunde. E te sufoca ao ponto de não saber o que fazer. 
E isso me corrói por dentro, e poucas vezes eu me vi chorar como choro ao assumir toda essa dor de culpa que está em mim.
A culpa não é sua; ela é minha, pela fraqueza de trair, mesmo sabendo que não deveria.
Eu sinto muito, não há nada o que eu possa fazer para voltar atras. Esta tudo fora do controle e tudo se perde, como está perdido agora.
E se perder dói.
Se apaixonar dói.
Tudo isso dói, dói muito.

E eu tenho que te agradecer por tentar evitar essa dor.
Mas é tarde... Ela já fez estrago.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Eu sabia que não seria fácil... Mas por que é tão difícil assim???

Socorro, quero dormir e acordar daqui 3 semanas. Sem fissuras, vontades, ansiedades, desejos.

Ai ai... estou sofrendo demais!!!

Em mim e nele

Um foi capaz de dar ainda mais de si mesmo
O outro levou o que não tinha

Um ensinou a solitude
O outro deixou como herança a solidão

Um acreditou
O outro não quis acreditar

Um foi embora para sempre
O outro não ia, nem ficava - na esperança de assim, alcançar a inexistencia.

Amor e dor
Os  dois aqui, em mim...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Tenho ainda muito pra falar, mas me calo. As palavras hoje já não me fazem mais sentido; foram sem terem, de fato, ido.
Embaralham-se no meio de mim, sem encontrar via aberta para partir goela abaixo ou sair garganta acima.
E disso tudo, eu sinto muito. Eu sinto, muito...
E assim, pela primeira vez, encontro-me com as palavras perdidas.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

É muito mais que um ciúme bobo,
eu realmente sinto muito medo de te perder,
medo que você me troque por alguém melhor.

Te amo!


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Parados na esquina...



Ai ai... Esse é o meu Mengão! Estamos aí... Parados na esquina... 
Estamos cansados. Ihhh desde 1895 na pista, quero dizer, nos trilhos... No começo era tudo muito fácil, ganhávamos tudo de todos. Mas ai o tempo foi passando... Ganhar já não era novidade... Tivemos que ir adaptando mais vagões ao bonde... Começou a ficar dificil! É... Já era dificil carregar tantos títulos... Campeonato Carioca? Mais de 30... 19 Taças Guanabara... 9 Taças Rio... Campeonatos Brasileiros? Mais de 5... Copa do Brasil... Copa dos Campeões... Torneio Rio São Paulo... Acho que to esquecendo alguma coisa... Ah! Não posso esquecer do Interclubes, Libertadores da América, Copa Mercosul... Vixi... É... A carga do bonde é pesada... Agora soma o peso disso tudo com mais uns 33 a 40 milhões de torcedores (só no Brasil)...Deixa o nosso bonde parado na esquina... E aproveitem a chance de ganhar enquanto descansamos um pouco!SAUDAÇÕES RUBRO-NEGRA

terça-feira, 20 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sobre minha ausência

É, realmente... 
Não tenho mais postado nada, mas uma hora eu volto a escrever!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011


"Mas os sonhos que eu tiver sei que posso realizar porque creio em Deus e Ele sempre cumpre o que diz..."

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sonhos... Os meus sonhos...

Tenho estado meio (totalmente, pra falar a verdade) aérea esses dias. Tenho pensado mto na vida e no que ela tem feito comigo por todos esses 24 anos. E confesso com bastante indignação que não gostei nada nada da conclusão a qual cheguei. 
Veja bem, tenho 24 anos. Ainda não sai da casa dos meus pais, odeio meu trabalho, não tenho carro, nem filhos, não casei... Por questão disso tenho me sentido triste e frustrada. Nada do que sonhei pra minha vida se realizou ate agora. Sinto que estou ficando velha. O tempo esta sendo tirado de mim rapido de mais e não consigo acompanhar isso. 
Eu só queria casar, ter filhos. Aquela pessoa que amo, que esteja sempre comigo qdo a noite cair, aquela pessoa que chegue totalmente cansada do trabalho no final do dia pra que eu possa cuidar. Que essa pessoa acorde ao meu lado todos os dias para que eu possa dizer "eu te amo" seguido de "bom dia". Aquela pessoa que me dê filhos. mtos filhos (2 ou 3 rs)... Para que eu possa cuidar deles na sua ausência. 
Já estou cansada dessa minha rotina do dia-a-dia. São sempre as mesmas coisas, as mesmas pessoas, as mesmas ruas... Isso esta me estressando e eu preciso urgentemente de uma rota de fuga. Preciso de um desvio ou pelo menos de um simples atalho no meio dessa estrada tão cheia de coisas repetitivas, alegrias falsas e felicidades passageiras. 
O meu sonho feliz é assim: Acordar com e dizer "bom dia meu amor", "o café esta lhe esperando na mesa", "vc leva as crianças (2 ou 3) no colégio hoje?" (E ele respode que sim, "claro meu amor!" Rs...). Uma casa simples, num bairro calmo. Com quintal, que até pode ser gramado ou de terra para eu andar descalça para lembrar a infância. Um jardim com flores para a primavera enfeitar. Roupas molhadas no varal do quintal sendo balançadas pelo vento. Cheiro de comida fresca invadindo a casa. Uma rede e um vento fresco num fim de tarde de sol, gritos de crianças que correm do quintal para casa e de casa para o quintal. Crianças sujas e birrentas que não querem tomar banho, mas que me abracem mto e diga "mamãe eu te amo". Um menino (ou 2) mais velho(s) que a menina, para cuidar dela na época do colégio. Que tragam desenhos do colégio, que eu canta para que durmam. Que sejam filhos de um homem que nos ame, queira nosso bem e queira sempre estar ao nosso lado. Que me trate como as crianças, que nos jogue no sofá e nos faça cócegas até que choremos de rir, e que brinque de esconde-esconde conosco. 
Será que é mto? Será que tdo isso é sonhar de mais? Ou será sonhar alto de mais? Ou será isso tdo uma ilusão que vai morrer como morrem as estrelas que perdem seu brilho, se apagam pouco a pouco e depois explodem? Eu não sei... Só sei que vou continuar so sonhando pq sonhar é a unica coisa que me faz viver... Mas sera que os sonhos morrem?Será que vai ser assim com meus sonhos? Sinto que estão se apagando pouco a pouco aqui dentro de mim por mais que eu queira que não...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Michele Ramos, vinte e poucos anos (sim, eu ainda não me acustumei com essa idade) e uma péssima memória. Tipicamente carioca/descedente de Italiano e obviamente muito sonhadora. O universo me disse que parte da minha função como ser humana é exercer o bem e praticar o amor, nem que seja por mim mesma. Tenho convivido diariamente com meus defeitos potencializados e sei o quanto posso ser insuportável. Já tentei não pensar no próximo, já tentei enganar, mas, fundamentalmente não obtive sucesso. E Deus sabe o quanto agradeço por isso hoje em dia. Nada paga a consciência limpa de saber que eu dou o meu melhor. E por sorte ou justiça, sempre o recebo de volta. Bom, quase sempre. Sou muito dramática, mas mal suporto o drama alheio. Já tive sérios distúrbios de personalidade, tão graves que hoje em dia nem os reconheço. Mas não me importo. 17 anos de bagagem, mas acredito que o real impacto da minha vida tornou-se óbvio apenas depois dos 19. Vivi verdadeiramente até então, mas nada se compara ao atual. tenho um Q de insolência e um muito de preguiça. Teimosa, mas a apatia de estabelecer minhas opiniões pra quem não tem capacidade me poupa de brigas. Nada resolve mais do que um sorrisinho de canto e um 'você tem razão' pro ignorante se glorificar e o assunto não mais render. Aprendi isso cedo. Minha família vem em primeiro lugar, em segundo, em terceiro. mas ainda sobra espaço pros amigos (que são poucos) pro amor (que é único) e pros meus sobrinhos. Tenho 3 tatuagens, meu cabelo me surpreende a cada dia (pq será né?), e tenho olheiras profundas...  Decide que aparti de agora o consumo do alcool será raramente (sei que isso será susto para os desavisados),mas já tive porres incuráveis e ressacas intermináveis. Adoro comprar, nasci pro dinheiro também. Desculpa, não consigo evitar. Sou chata, e chata e chata e chata. Tenho consciência disso, mas prometo melhorar. Tenho a graça de ter um melhor e uma melhor amiga. Daria nomes se fosse preciso. 'SE' fosse preciso, mas tenho outros amigos ao redor, sempre muito queridos. Tenho facilidade para coleguismo e adaptação a lugares e pessoas. Mas hoje risquei da minha lista de contato 80% das pessoas que julgo não me acrescentarem nada. E seguirei muito bem assim. Consegui um emprego na profissão a qual odeio, mas estudo para o que amo, e estou muito feliz por isso. Tenho sorte demais, apesar de na raiva dizer o contrário. Sei da capacidade que tenho e por isso não me contento com 99% de nada. Não tenho mais inimizades. O que tem são pessoas que um dia eu feri, que um dia me feriram e que o tempo as apagou. As vezes, a simplicidade das coisas até me assusta. Minhas figuras de linguagens são a hipérbole e o paradóxio. Sou a rainha de não ser o que aparento e exagerada em todos os aspectos. Penso muito, desejo muito, peço muito, e também tenho muito para dar. E fico feliz em saber que encontrei pessoas que merecem de fato receber, e por mais que isso não importe, foi um prazer. Até uma próxima...



PS: Eu sou mulher e tenho o direito de mudar de ideia. então não se assustem se um belo dia eu voltar a postar,nem que seje um texto de desabafo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

(em 01/02/2011)

Quanto mais os dias passam e as coisas acontecem, menos tudo faz sentido pra mim.Do vigésimo sétimo andar eu vejo o sol e a cidade fervendo lá em baixo. Enquanto isso o vento toca a minha pele e o meu cabelo me dando bom dia.
A medida que as pessoas e os carros vão colorindo e dando movimento à cidade, eu me pergunto: "O que o dia me reserva para hoje?"
Avisto lá embaixo um mar de gente que andam de um lado para o outro, o dia todo, todos os dias. E assim como eu não sei da existencia delas, me pergunto: "Quantas pessoas já conheci ao longo dos anos e hoje desconheço?"
Eu sou uma dessas pessoas que por anos eu conheci e hoje desconheço. Não me reconheço e me vejo perdida no meu próprio mundo.
Ontem indo para casa, num ônibus lotado. Coloquei os fones de ouvido e tocava 'Colors' quando vi do lado de fora, pelo vidro de um carro, do lado de fora uma garota. Ela pareci cantar, e me olhava também. Encarei. E me perdi no engarrafamento olhando-a. Ela não era feia, mas tinha a aparencia de uma pessoa vivida e cansada da vida.  Pus-me a pensar em qual seria sua historia de vida. Pelo que ela passou, por onde passou...
Depois de um longo tempo o ônibus em que eu estava avançou e eu pude perceber que aquela garota era o meu reflexo no vidro do carro parado no engarrafamento.
Sinto que me perdi em algum lugar desse longo caminho que percorri. Não sei se sigo ou se volto para procurar-me. Onde foi que eu me perdi? Ou será que eu mesmo quis abandonar-me em algum canto dessa estrada?
E no meio desse turbilhão de pensamentos, em meio a tudo isso, o vento beija o meu rosto na altura do vigésimo sétimo andar. Me chamando para ir com ele.
Assim, eu pulo...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Aberto de Caeiros - O guardador de rebanhos (continuação)

IX 
 Sou um Guardador de Rebanhos
Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado
...
XIII 
 Leve
Leve, leve, muito leve,
Um vento muito leve passa,
E vai-se, sempre muito leve.
E eu não sei o que penso
Nem procuro sabê-lo.
XIV - Não me Importo com as Rimas
Não me importo com as rimas.Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior
Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural corno o levantar-se vento...

...

XVIII 
 Quem me Dera que eu Fosse o Pó da Estrada
Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...
Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...
Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo. . .
Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...
Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena ...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ya no!

"Nada parece igual, nada parece estar da mesma forma que antes. Bom, eu também não gostaria que fosse igual, mas que tivesse ao menos o mesmo corpo, o mesmo toque e que fosse mais atrativo, ou atraente, que seja. Nada mais toca na pele, nada mais emociona e causa os famosos arrepios. Nada mais é como era ou como eu sentia que era. O cheiro mudou, o jeito mudou e as palavras mudaram. E, hoje, a razão é outra – eu sou outra." - Ou não.


Vestido rodadinho e floridinho, cabelos compridos e soltos, com os mesmos olhos, porém não mais com os mesmos olhares. Com um corpo mais brasileiro, com a alma muito mais revigorada e com os sentimentos muito mais à flor da pele. Nada mais é como era antes, mas hoje é tudo mais colorido. É a vida que sorri de canto, é o destino que venta e assopra os meus cabelos, é os olhos da verdade que vejo no coração alheio, é a maturidade que chega batendo, entrando, sentando e tomando um café comigo. São os risos, é a calma escondida por detrás dos meus tumultos. Mudou, mas agora é diferente, agora é de corpo e alma.
Tudo com gostos diferentes e o meu coração sorri. Pula. Grita. Pede mais emoção, busca mais conforto e afronta o que dele o for discordado. Com alma branca, com a voz branca o vento me trás alegrias. Uma mudança sempre gera desconforto, porém é muito boa quando tudo ocorre bem. Deixei de lado as coisas do passado, em breve lembranças ficaram marcadas aqui dentro de mim, mas agora é diferente. Nada mais é motivo de lágrimas. Nada mais é sem coração.
O que foi e é essencial, fica. Sempre fica o que for de total entrega. E em mim o que fica é de puro sentimento, é de total entrega. O que fica é sempre o que nos tocou e mexeu com os nossos sentidos. O que fica é algo que marcou que mereceu ser lembrado e que em mim causou arrepios. Sou assim, toda coração, toda emoção. Sou o brilho nos olhos e a garra de um leão.
É tanta sensibilidade, tantos momentos que ainda enlouqueço. Essa minha mania de colocar coração em tudo, de encontrar razões para ser tanta emoção, cansa. Esse meu jeito de querer rasgar a roupa, colar do teu lado e esquecer o que possa acontecer. Me assusta. Esse jeito que eu tenho de arriscar, de sentir e de ser tão extremista. Me assusta. Mas, nada mais é por acaso. Colocar aroupa que tu gostas pintar a boca, os olhos e esperar o teu abraço, sentir o teu cheiro, te ter ao lado. Nada mais é indispensável, nada mais é sem querer. Pele com pele, coração com coração e um sonho a mais. Sempre há algo a mais, ou pelo menos, é o que eu espero que exista. Algo mais para sentir, acreditar e até mais, algo a mais, para amar.
Até mesmo o sonhar é diferente, causa delírios que eu não conhecia. Algo como desejo sem alcance, como se fosse proibido. E é. Mas, faz sentido os meus arrepios fora de hora, a vontade de sentir tua mão na minha e até mesmo só de olhar nos olhos. De longe. De canto. O coração é sempre um grito mais alto e em mim causa tantos estragos que eu prefiro nem pensar e agir. Meu tempo de calmaria não existe. Sou assim, riscos e mais riscos. Gosto de tocar à alma e ser tocada, gosto que me causem borboletas no estômago e que me deixem sem chão, gosto de tudo que posso me fazer flutuar e esquecer o superficial. E o que não toca, o que não risca o peito, não lateja o corpo, não estremece o corpo e não me assusta – infelizmente – não me toca não me chama atenção e, muito menos, me faz delirar. Sou mais os riscos e os sentidos, e claro, tudo que me faça ficar apaixonada, encantada e arrepiada.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A vez do vilão...

Não sei quanto a vocês, mas eu estou cansada dos maus exemplos triunfarem em todos os lugares, principalmente na mídia brasileira. Nas novelas, os vilões têm, quase sempre, saído impunes, e ricos e felizes nos últimos capítulos, isso depois de atormentarem os mocinhos durante todos os capítulos! Nos telejornais, sempre são mostrados os maus exemplos em todas as profissões. Sempre mostram os políticos corruptos, os policiais corruptos, os padres pedófilos, os médicos pedófilos, os professores violentos, ou desinteressados, etc. Quase nunca são exibidos os casos de políticos de locais carentes, que, com poucos recursos, conseguem obras importantes para a população, nem os padres que fazem trabalhos importantes em suas comunidades, nem os médicos que atendem em locais insalubres, com baixa renda, e ajudam pessoas que não teriam atendimento médico de outra maneira, nem os professores que conseguem mudar a realidade de escolas carentes, com casos de violência, e mostrar que há saída com a educação. O mesmo para as novelas. Não se mostram mocinhos e mocinhas que pensam, que percebem as maldades dos vilões, e conseguem sair dos problemas, resolvê-los, com atitudes rápidas e inteligentes. Que tipo de nação é a nossa que mostra que o errado é que vence, é que se dá bem sempre? Que tipo de sociedade é essa que mostra que os profissionais, que estudam, que batalham no cotidiano, são ruins, não prestam, e que não adianta estudar, pois tudo está ruim, e, com esses exemplos, parece que nunca vai melhorar? Eu não entendo como uma sociedade pode se desenvolver quando somente os maus exemplos são evidenciados. Se não há saída, pra quê lutar, para quê estudar, para quê agir corretamente? A lição que se dá é que é melhor ser o bandido, o vilão mesmo, pois ele é rico, ele vive bem, ele não é punido.
Parece absurdo o que falo? Então assista às novelas e telejornais de todos os canais brasileiros, pelo menos um dia, e me diga se não é essa a imagem que é transmitida!


O desabafo acima não era para agora, mas eu não suporto mais uma sociedade que exalta o errado, em todas as categorias!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Você me faz tão bem...

Hoje eu quero brigas terminadas com abraços e pedidos de perdão . Quero sorrisos cheios de alegria ao invés das lágrimas. Nada de tristeza , nada de dor. Não quero palavrões , quero poesia . Um pouco de MPB . Cafunés ao pé da orelha  . Quero você do meu lado . Beijos intermináveis . Uma música com meu nome . Uma Fé grande e forte quanto uma rocha . Um xêro nos meus sobrinhos . Um feliz para sempre . O coração tem que transbordar amor e a mente tem que ser repleta de pensamentos positivos .Pensamentos livres como o céu como diz a canção . Hoje eu quero tudo .

Deficiencias

Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Louco é quem não procura ser feliz com o que possui.

Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

Diabético é quem não consegue ser doce.

Anão é quem não sabe deixar o amor crescer.
 
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

Miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.

(Mario Quintana)



Que tal pensarmos um pouco e fazermos nossas vidas e do próximo um pouco melhor?

terça-feira, 21 de junho de 2011

Definições

  • Saudades é aquela dorzinha que se sente ao pensar em algo ou em alguém.
  • Preguiça é aquela coisa gostosa que se sente ao não se fazer nada.
  • Inveja é uma bruxa que cochicha no nosso ouvido ao vermos algo que não temos, mas queríamos ter.
  • Ciúme é uma vontade de colocar a pessoa amada no bolso, e tê-la só pra gente, o tempo inteiro.
  • Medo é uma vontade de desistir.
  • Coragem é uma vontade de desistir, mas não desistir.
  • Prazer é sorrir por dentro e por fora.
  • Sofrimento é chorar por dentro e por fora.
  • Raiva é querer que algo não tivesse acontecido.
  • Verdade é o que a gente acredita.
  • Mentira é o que querem que a gente acredite.
  • Velhice é perder a vontade de brincar.
  • Curiosidade é querer entrar nas coisas, pra ver como funciona.
  • Magia é o que a gente não consegue explicar.
  • Surpresa é um soluço com o corpo todo.
  • Vergonha é quando as bochechas coram, e a gente quer se esconder.
  • Felicidade é quando umas fadinhas cantam e pulam contentes dentro da gente.
  • Amar é querer, com todo o coração, que uma pessoa seja feliz.

Coisas que aprendi com a vida (parte II)

Aprendi...
- que a maior obrigação que tenho na vida é ser absolutamente fiel àquilo que sinto...
- que é possível perceber o caráter de uma pessoa apenas prestando atenção nas coisas que a fazem rir...
- que o fato de uma pessoa deixar de me amar não impedirá que eu continue amando-a, mas impedirá que eu fique por perto, mendigando seu amor...
- que só se ensina realmente as crianças através de exemplos e atitudes e não com palavras vazias...
- que carinho não se implora jamais...
- que se não estou com vontade de fazer alguma coisa, não preciso fazê-la apenas para agradar alguém...
- que ciúme não tornará a pessoa amada mais fiel...
- que dizer "muito obrigada", “por favor", e "com licença" não custa coisa alguma...
- que a lealdade é um dos sentimentos mais bonitos que existem...
- que orgulho não leva a lugar algum...
- que por mais irritantes que nossos pais nos pareçam, eles são únicos e farão muita falta algum dia... E que, por mais incrível que pareça, o mesmo vale para os irmãos! Juro! :-/
- que aquele que compartilha comigo o segredo de outra pessoa certamente fará o mesmo com um segredo meu...
- que reconhecer meus erros e dizer "me desculpe" não é tão difícil assim e que se a pessoa a quem eu, de alguma forma, magoei ou ofendi, não quiser aceitar minhas desculpas o problema já não é mais meu...
- que não há medicina preventiva melhor do que beber muita água...
- que por mais vezes que eu tropece, nem sempre vou cair. Às vezes é preciso apenas um pouco de equilíbrio para evitar a queda...
- que por mais vezes que eu caia e me machuque, sempre vou levantar e seguir em frente...
- que, na maior parte das vezes, as pessoas esperam que eu diga o que elas querem ouvir e não aquilo que realmente penso...
- que a pergunta "tudo bem?", em geral, é feita somente por convenção e não porque a pessoa realmente queira saber como eu estou...
- que não devo sentir vergonha de meus sentimentos...
- que um sorriso sincero é capaz de rejuvenescer muitos anos...
- que não devo confiar em quem distribui elogios a todo o momento...
- que devo confiar menos ainda em quem é incapaz de elogiar sincera e desinteressadamente...
- que não devo refrear as lágrimas, sob pena de explodir...
que o fato de não ter ninguém olhando não é motivo para eu fazer o que não faria se estivesse em público...
- que não devo tomar atitudes e decisões quando estou com raiva...
- que por mais apavorada que eu esteja jamais devo permitir que o medo me paralise...
- que não é minha idade que determina se sou velha ou jovem e sim minha capacidade de rir de mim mesma, de me permitir brincar feito criança e de constantemente me admirar com as coisas que me cercam...
- que, no final, a única coisa que realmente importará serão as lembranças de minhas ações e dos sentimentos que despertei nos demais...
- que quando a comida não estiver boa, basta acrescentar alguns temperos.

E QUE O MESMO VALE PARA A VIDA . . . SEMPRE!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Alberto Caeiro, o grande guardador de rebanhos

Alberto Caeiro, foi um poeta ligado à natureza, que desprezava e repreendia qualquer tipo de pensamento filosófico, afirmando que pensar obstruia a visão ("pensar é estar doente dos olhos"). Proclamava-se assim um anti-metafísico. Afirmava que, ao pensar, entramos num mundo complexo e problemático onde tudo é incerto e obscuro. À superfície é fácil reconhecê-lo pela sua objetividade visual, que faz lembrar Cesário Verde, citado muitas vezes nos poemas de Caeiro por seu interesse pela natureza, pelo verso livre e pela linguagem simples e familiar. Apresentava-se como um simples "guardador de rebanhos" que só se importava em ver de forma objetiva e natural a realidade. Era um poeta de completa simplicidade, e considera que a sensação é a única realidade.

Li a algum tempo o livro "Poemas Completos de Alberto Caeiro" e gostaria de compartilhar com vcs  um pouco dos versos que mais gosto desse livro.



I
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.
E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.
Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas idéias,
Ou olhando para as minhas idéias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.
Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predileta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.

...

II
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

...

III
Ao entardecer, debruçado pela janela,
E sabendo de soslaio que há campos em frente,
Leio até me arderem os olhos
O livro de Cesário Verde.
Que pena que tenho dele! Ele era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
Mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas cousas,
É o de quem olha para árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos ...
Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha,
Mas andava na cidade como quem anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros...

...

V
Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.

Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?

Não sei.Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.

Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.

O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
...






quinta-feira, 28 de abril de 2011

Da energia, ou sua falta

Cansada demais para escrever pensando demais para imaginar
criando sem um plano B

Quando a fatiga o corpo atinge
a mente se ausenta,
ou trabalha incessantemente

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Me sinto vazia...

É, confesso. Eu não entendo esse poder que você tem de me deixar vazia. E talvez você não entenda de fato o que meus olhos querem dizer quando te olham de cima a baixo. Eu também confesso que não compreendo que tipo de recompensas teremos se fizermos o esforço de ficarmos longe. Eu gostava das faíscas boas que nossos olhos trocavam quando se cruzavam. E hoje, depois que tudo pegou fogo, varremos as cinzas para debaixo do tapete, simplesmente porque às vezes essa é a melhor saída pra nenhuma solução. Já tentamos de tudo e já fomos por demais tentados. A vaidade já acabou há muito, mas enquanto ela existia, tudo era apenas disfarçadamente bom. Nossos egos brigavam como exímios esgrimistas. Eram delicadamente ofensivos e pareciam dançar enquanto tentavam rasgar a carne do outro com olhares de culpa e condenação. Tolos. Errantes. Egoístas. Nossos egos eram donos de uma ingênua crueldade, que não facilitava em nada o processo de amar. Fomos tantas vezes pelo caminho errado. E agora voltamos engatinhando, tentando descobrir o que perdemos e o que derrubamos de propósito pelo caminho. Pena que a essa altura o vento já arrastou tudo. Alimentamos nossos pensamentos com migalhas de uma dor que nem sequer deveria existir. E cada sorriso passou a ser apenas o prelúdio de uma dor ainda maior. A pior parte é a sensação de amputamento, que limita toda e qualquer razão e me enche de uma impulsividade destruidora, uma vontade de me atirar sem as amarras dos meus próprios conselhos advindos de um lampejo de racionalidade.


São só palavras perdidas. E elas ecoam. Porque eu estou vazia.
'Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.'
(Shakespeare)


Não entendo as patadas que a vida me dá! Eu queria dizer pra ela (pra vida) que não não sou seu brinquedo não. Sou de carne e osso e tenho coração.
E ele sangra...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Coisas que só as mulheres entendem (parte 2)

- Contar para sua avó (ou tia) que terminou a faculdade, mestrado ou doutorado, ou que recebeu uma promoção no trabalho e ouvir ela dizer: "Que bom queridinha...Agora só falta arranjar um marido, né?"...
- Acreditar que encontrou um gentleman e descobrir, tempos depois, que ele é, na verdade, a personificação do Shrek...
- Conhecer um homem lindo, gentil, educado, simpático, que repara em seu cabelo, em sua maquiagem, que escuta atentamente tudo o que você diz e descobrir, frustrada, que ele é gay...
- Passar em frente a uma construção, receber uma cantada barata dos pedreiros e ficar indignada pela bagaceirice deles...
- Passar em frente a uma construção, NÂO receber cantada alguma e ficar se achando um canhão porque nem mais os pedreiros cantam você...
- Usar um perfume maravilhoso e se sentir pronta para conquistar o mundo...
- Perguntar a ele: "você acha que estou feia?" e ficar brava com qualquer resposta que ele der... Se ele disser que você não está, ficar revoltada achando que ele é um mentiroso dissimulado, se ele disser que você está, ficar magoada achando que ele é um grosso e insensível...
- Usar um corpete lindo de morrer e depois mal conseguir respirar...
- Acordar uma hora mais cedo para fazer uma hidratação nos cabelos em casa mesmo, porque a grana está curta para ir ao salão toda a semana...
- Responder "Não tenho nada" quando ele pergunta o que você tem só porque está morta de raiva da insensibilidade dele em não perceber o que você está sentindo...
- Mentir para si mesma dizendo "segunda-feira eu começo minha dieta"...
- Vestir uma roupa que costumava ficar muito bem em você, sentir enorme com ela e mentir a si mesma: "Devo estar um pouco inchada hoje"...
- Ao ser questionada pelo namorado "Você se importa se eu sair só com os amigos, amor?" (ou qualquer outra coisa que ele sabe que você detestaria mas que pergunta mesmo assim), responder sadicamente: "Você que sabe, amor..." e, internamente, ficar arquitetando uma vingança terrível caso ele decida fazer aquilo que você não quer que ele faça...
- Ficar hoooooras na frente do espelho fazendo ginástica facial (leia-se caras e bocas esquisitas) para evitar rugas e pés-de-galinha...
- Ter que, pacientemente, explicar para um homem que "pêssego", "marfim", "gelo" e "creme" são diferentes nuances de cores e ainda ter que aturá-lo fazendo piada disso...


Hahá!!! Eu me divirto muito ao pensar nessas coisas que só mesmo as mulheres são capazes de entender!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

"Nunca deixem de usar o Filtro Solar. Seu eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro seria esta: usem Filtro Solar! Os beneficios a longo prazo do uso de Filtro Solar estão provados e comprovados pela ciência. Já o resto de meus conselhos não tem outra base confiável além de minha própria experiencia errante. Mas agora eu vou compartilhas esses conselhos com vocês... Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude. Ou, então, esquece... Você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado. Mas pode crer que daqui a vinte anos você vai evocar suas fotos, e perceber de uma jeito que você nem desconfia hoje em dia, quantas, tantas alternativas se escancaravam a sua frente. E como você realmente estava com tudo em cima. Você não está gordo ou gorda... Não se preocupe com o futuro. Ou, então, preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação é tão eficaz quandto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra. As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, e te pegam no ponto franco às 4 da tarde de uma terça-feira modorrenta. Todo dia, enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade. Cante! Não seja leviano com o coração dos outros. Não ature gente de coração leviano. Use fio dental. Não perca tempo com inveja, às vezes se está por cima, às vezes por baixo. A peleja é longa e, no fim é só você contra você mesmo. Não esqueça os elogios que receber. Esqueça as ofensas. Se conseguir isso, me ensine. Guarde as antigas cartas de amor. Jogue fora os extratos bancários velhos. Estique-se. Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam, aos vinte e dois o que queriam fazer da vida. Alguns dos quarentões mais interessantes que eu conheço, ainda não sabem. Tome bastante de cálcio. Seja cuidados com os joelhos. Você vai precisar deles. Talvez você case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não. Talvez se divorcie aos quarenta, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante. Faça o que fizer não se auto congratule demais, nem seja severo demais com você. As suas escolhas tem sempre metade das chances de dar certo. É assim para todo mundo. Desfrute de seu corpo, use-o de toda maneira que puder, mesmo!!! Não tenha medo de seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele. É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir. Dance! Mesmo que não tenha aonde além de seu prórpio quarto. Lei as instruções mesmo que não vá segui-las depois. Não leia revistas de beleza, elas só vão fazer você se achar feio. Dedique-se a conhecer seus pais. É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez. Seja legal com seus irmãos, eles são a melhor ponte com o seu passado e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro. Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons. Esforce-se de verdade para diminuir as distancias geográficas e de estilos de vida, porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que você conheceu quando jovem. More uma vez em Nova York, mas vá embora antes de endurecer. More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer. Viaje! Aceite certas verdades inescapáveis: os preços vão subir, os políticos vão saracotear, você também vai envelhever. E quando isso acontecer você vai fantasiar que quando era jovem os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes, e as crianças respeitavam os mais velhos. Respeite os mais velhos!! E não espere que ninguém segure a sua barra. Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada. Talvez você case com um bom partido, mas não esqueça que um dos dois de repente pode acabar. Não mexa demais nos cabelos se não quando você chegar aos 40 vai aparentar 85. Cuidado com os conselhos que comprar, mas seja paciente com aqueles que os oferecem. Conselho é uma forma de nostalgia. Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo, repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale."

quinta-feira, 31 de março de 2011

Coisas que só as mulheres entendem:

- Experimentar dúzias de roupas para aquela festa maravilhosa e desistir de ir porque "não tem nada para vestir"...
- Sentir-se super-mega-hiper poderosa só porque está usando um batom vermelho...
- Deitar na cama, quase sem respirar, para conseguir fechar a calça jeans...
- Comprar um sapato um número menor do que o que você calça só porque era lindo de morrer e estava em promoção e passar a festa toda sentada porque está morrendo de dor nos pés...
- Ficar se olhando no espelho para ter certeza que o seu "bigode" não está maior do que o do seu namorado só porque não teve coragem de depilar o buço com cera quente...
- Comer só uma salada no primeiro encontro para ele não pensar que você é gulosa e, ao chegar em casa, assaltar a geladeira...
- Olhar aquelas modelos lindas nas revistas e pensar que com grana e com a ajuda do photoshop qualquer baranga vira cinderela...
- Fazer a dieta da lua, do abacaxi, de south beach, dos pontos (e, algumas sortudas, como eu, até dieta de engordar!) etc. só para ficar linda em uma roupa...
- Ficar soprando ar no próprio pulso só para testar se o hálito está ok antes de encontrar aquele paquera...
- Fazer alguns agachamentos e alguns exercícios para glúteos antes de vestir o biquíni porque leu em alguma revista feminina que isso dá uma disfarçadinha momentânea na celulite...
- Olhar-se no espelho e, de tão branca, sentir-se "vestida de gesso" em pleno verão, besuntar o corpo todo com autobronzeador e ficar parecendo uma dálmata de tantas manchas...
- Receber um elogio, ficar super satisfeita, mas fingir cara de humilde e dizer "Imagina, são seus olhos..."...
- Passar horas se arrumando no cabeleireiro, fazer manicure, pedicure, depilação completa, esfoliar e hidratar o corpo todo, maquiar-se, ficar horas escolhendo a melhor roupa... só para ele lhe achar linda e você poder fazer aquela cara de "nasci assim"...
- Passar o dia comendo praticamente só alface e se matar na academia só porque está com a consciência pesada pela comilança do fim de semana...
- Ficar sorrindo que nem uma imbecil na frente do espelho só para ver o quão aparente estão as ruguinhas nos cantos dos olhos...
- Ficar feliz por não ver ruguinhas nos cantos e sair por aí observando a cara das amigas para ver se elas tem (e ficar intimamente feliz - embora jamais vá admitir isso - se elas tiverem rugas e vc não!)...
- Ficar deprimida por ver as tais ruguinhas e gastar horrorres num anti-rugas que prometem milagres...
- Achar que seu dia será uma droga só porque não conseguiu ajeitar o cabelo...
- Aguardar ansiosamente o telefone tocar e depois esperar para atender só para não parecer ansiosa demais...
- Descobrir, no meio de uma festa, que sua meia calça está com o fio puxado e que você não tem uma de reserva na bolsa...
- Ser pega em flagrante na frente do espelho tentando separar com um palito de dentes os cílios que ficaram grudados por excesso de rímel e depois ter que ficar aguentando piadinhas sobre isso...
- Ter que pendurar a bolsa no pescoço, segurar a porta com uma mão e ainda ter que ficar em posição de agachamento só para conseguir fazer xixi em um banheiro público...
- Tentar, bravamente, estacionar em uma ladeira, no meio de dois carros, olhar para o lado e ver um bando de babacas se matando de rir do seu esforço e pensando "Só podia ser mulher"...
- Receber uma promoção ou um aumento no salário e ouvir alguns colegas comentando maldosamente "fez um agradinho pro chefe pra conseguir isso, é?"...
- Ir ao ginecologista e fazer "cara de paisagem" enquanto ele lhe examina...
- Comprar alguma coisa da qual você não precisava só porque estava em oferta e você NÃO PODIA perder essa oportunidade...
- Usar meia-calça cor da pele por baixo de uma calça jeans branca para disfarçar a celulite...
- Espremer-se dentro de um modelador apertado só para que nenhuma gordurinha apareça quando estiver usando aquela roupa mais justinha...
- Sentir-se um urso panda por conta das olheiras após uma noite mal dormida...
- Jurar que aquela pessoa que fez fiasco depois de beber umas e outras não era vc e sim sua irmã gêmea...
- Ver o seu ex (namorado, marido, ficante etc.) com outra, analisar a moça de cima a baixo e pensar, satisfeita "Credo! Que baranga! Eu sou mais eu"...
- Deixar de pedir sobremesa no restaurante porque está de dieta, ficar roubando a dos outros, e se enganar achando que porque a sobremesa não é sua você não vai engordar...
- Ficar se sentindo uma tábua de passar se está magra demais ou ficar se sentindo um botijão de gás se está acima do peso...
- Ficar nua na frente do espelho para procurar estrias e celulites e respirar alviada por perceber que não há nenhuma "visitante nova"e que só as de sempre estão lá...
- Sentir cólicas, dores nos seios, nas costas, na cabeça, ficar sensível, irritável e ainda ouvir um homem dizer que TPM é só frescura... (Que ódio!)

E que atire a primeira pedra a mulher nunca passou por pelo menos uma dessas situações...

quarta-feira, 30 de março de 2011

Quem lembra dos BBB's anteriores?

BBB 1

A primeira edição do Big Brother criou expectativa. Afinal, o público seria testemunha de uma experiência única e promissora: brigas, romances, festas e complôs movimentaram a casa. E como… Desde o início, o artista plástico baiano Adriano se mostrou polêmico, criou casos e armou os maiores barracos. Criticou principalmente Leka, por ela ter contado que certa vez gastou US$ 4 mil (cerca de R$ 10 mil) em lingerie. A paulista, por sua vez, foi flagrada pelas câmeras em momentos delicados: ela sofria de bulimia, um distúrbio alimentar, e pôde ser vista forçando o vômito no banheiro reservado da casa. A reservada Vanessa conquistou lugar cativo no coração do cabeleireiro franco-angolano Sérgio, que caiu aos prantos ao descobrir sua situação irregular no Brasil. O grande vencedor do BBB 1, Kleber Bambam, também derramou lágrimas ao perceber que a boneca Maria Eugênia não estava mais na casa. A mesma preocupação, contudo, não foi demonstrado quando Xaiane, com quem manteve um romance, passou pelo crivo da eliminação. No Big Brother 1, nem só Bambam saiu no lucro: a vida dos outros integrantes do reality show também mudou para melhor. O cantor André, por exemplo, saiu do programa com um carro e um contrato com a gravadora Som Livre.

BBB 2

A segunda edição do Big Brother Brasil trouxe novos participantes e conflitos. Entre as emoções vividas na casa, muitos momentos de romance e guerra. Thyrso, Manuela e Fabrício viveram um conturbado triângulo amoroso, com direito a grude, namoricos e promessas de amor e uma traição insuspeita da lourinha carioca, que namorava o cozinheiro em frente às claras e beijava o gaúcho às escuras. Com menos romance e mais fogo, o BBB2 também trouxe ao público o casal Jeferson e Tarciana, com cenas de sexo sob as cobertas.Thaís ensaiou um romance com Fernando. Não decolou. Insinuou-se para o caubói Rodrigo, com quem acabaria namorando depois do fim do reality show. O programa, no entanto, não só aproximou os corações. Houve os surtos psicóticos de Tina, que esperneou, bateu panelas, desarrumou as roupas dos outros jogadores, tirou Fernando do sério e conquistou a antipatia de todos na casa. A ponto de os outros BBs jogarem as roupas da loura paulista na piscina. Já a aeromoça Cida conversava com um passarinho – o São Jorge – e tinha premonições sobre acontecimentos trágicos de sua vida, como a morte da irmã. Novos personagens, desfecho semelhante. A bolada do Big Brother foi mais uma vez para um representante do interior: o caubói Rodrigo. Que não criou intrigas, nem casos e polêmicas. O vencedor não acreditou quando Bial anunciou que os R$ 500 mil pertenciam a ele e passou mal ainda durante as comemorações, ao vivo.

BBB 3Na terceira edição do programa, quem engordou a conta bancária foi o mineiro Dhomini, que também levou como troféu o romance com a estonteante Sabrina. Duas novidades marcaram o BBB 3: a criação do anjo, que garantia a imunidade a um participante, e o pré-paredão, no qual o público escolheu um homem e uma mulher para se juntar aos 12 concorrentes que já estavam na casa. Na contramão dos que queriam livrar a cara do paredão, Dilsinho Mad Max jogou a toalha e deixou o programa, depois de tirar uma casquinha da Miss Brasil Joseane. Em seu lugar, o público passou a acompanhar a rotina do polêmico Harry, integrante da Máfia de Cuecas, grupo liderado pelo massoterapeuta Jean Massumi e que contava ainda com a participação do mergulhador Emílio e do modelo Alan. Na ala feminina da casa, as figurinhas foram trocadas entre a professora Elaine e a advogada e cover de Jennifer Lopez, Viviane. A Big Mother Andrea adotou a bela Juliana – sorte que Paulo e Samantha não tiveram. Rejeitados de cara, os dois foram os primeiros eliminados do programa. O DJ Marcelo entrou na casa cheio de confiança em seu charme, mas o tiro foi n’água. A mulherada se reuniu e forjou uma estratégia para expulsá-lo do BBB3.

BBB 4 O BBB4 consagrou, pela primeira vez, uma mulher: Cida foi a campeã e faturou o prêmio de R$ 500 mil. A babá entrou na casa com o pé direito, depois de ser escolhida, junto com o auxiliar administrativo Thiago no sorteio dos cupons da revista “Quero ser um Big Brother”, da Editora Globo. O sorteio, novidade do jogo, trouxe ao programa uma mulher humilde e tímida, que durante algumas semanas ficou deslocada das conversas dos outros brothers, mas que, aos poucos, foi se enturmando e se modificando: Cida aprendeu um pouco de inglês e? bons modos? com a estudante Juliana, desfilou com roupas modernas e emprestadas das outras participantes, começou a malhar e adquiriu novos hábitos. A exemplo do que acontecera no BBB3 com Juliana e Paulo, quarta edição do Big Brother também teve um pré-paredão, em que o público escolheu um participante de cada sexo para entrar na casa. Os vitoriosos foram o atleta Zulu, líder nos quesitos simpatia e bom humor, e a frentista Solange, que soltaria algumas pérolas irresistíveis ao longo do programa. Chamou brócolis de broco, fez a versão "Iarnuou” para a música “We are the world” e divertiu ou chocou os outros jogadores. E foi também Solange que dividiu com Marcela a mais pesada troca de ofensas do programa até hoje, numa briga que ficaria conhecida como “O barraco do milênio”. A lutadora Tatiana arrumou briga com Juliana logo de cara , carimbando a sua saída logo na primeira semana. Os romances apimentaram a quarta edição do BBB. Juliana foi para o edredom com o lutador Marcelo Dourado, enquanto Solange namorou o jardineiro de cemitério Rogério. Junto com Cida, Thiago, a enfermeira Géris e o gerente de loja Cristiano, o segundo casal formou o grupo dos Superpobrinhos. Eles se uniram em rivalidade ao Clube do Boco, integrado por Marcelo, Zulu, o publicitário Eduardo e o empresário Buba, que faleceu no final de 2006.

BBB 5 O BBB5 foi marcado pela polêmica combinação de votos da maior panela já organizada na casa para manipular as indicações ao paredão. Liderada pelo médico Rogério, a Tropa de Choque chegou a contar com o voto de oito dos 14 participantes, e logo na primeira semana emparedou o professor baiano Jean Wyllys com seis votos. Homossexual assumido e primeiro intelectual a participar do BBB, Jean conquistou o público defendendo a ética, a amizade e a cultura brasileira. Depois de vencer seis paredões – outro recorde do programa -, sempre com o apoio da miss comilona Grazielli e da cabeleireira Tatiane Pink, o professor levou para casa o inédito prêmio de R$ 1 milhão. À medida que os integrantes da Tropa iam saindo da casa, o clima de intrigas deu lugar à azaração. Tati Rio, Natália e Karla levaram os rapazes à loucura com a brincadeira de salada-mista no jardim. Devagarzinho, o mineiro Alan conquistou o coração da bela Grazielli, enquanto o ensaboado Sammy experimentou um turbulento namorico com a temperamental Pink. Nas últimas semanas, a carismática cabeleireira teve crises de ciúmes ao perceber a crescente amizade entre Alan e Jean, com quem acabaria disputando uma final antecipada. Sammy deu sorte e conquistou o último colar do anjo, garantindo uma vaga na finalíssima, ao lado de Jean e Grazi. Ao contrário da edição anterior, quando os dois participantes sorteados pela promoção do celular foram finalistas, o padeiro Marcos e a dona-de-casa Marielza não deram sorte. O paranaense foi o segundo eliminado e a carioca teve que abandonar o jogo por problemas de saúde. Mari foi substituída pela estudante Aline, que atuou como espiã da Tropa de Choque. Mas, a essa altura, o público já havia escolhido de que lado iria ficar.

BBB 6Um apimentado triângulo amoroso, um ex-monge que não gostava de tomar banho, uma ex-bóia-fria campeã: a verdade é que não faltou agitação no Big Brother Brasil 6. Quem deu uma boa espiadinha em Mara, Rafael, Mariana, Inês, Agustinho, Juliana, Carlos, Lea, Dan, Daniel Saullo, Gustavo, Roberta, Iran e Thaís certamente tem fresquinhos na memória os melhores momentos desta edição do programa. Pela segunda vez, uma mulher faturou o primeiro lugar da disputa: com 47% dos votos do público, a baiana Mara derrotou seus dois adversários no último paredão e ganhou o prêmio de R$ 1 milhão. A modelo Mariana ficou em segundo lugar e levou R$ 50 mil. Já o professor Rafael foi o terceiro colocado do BBB e faturou R$ 30 mil. Mara entrou no jogo após se inscrever por telefone e ser sorteada para concorrer ao prêmio de R$ 1 milhão. A baiana começou o programa falando pouco e observando muito, mas dia após dia foi se soltando e apresentou ao Brasil sua marca registrada: uma gargalhada espontânea, que levava todos às risadas. Mas a mãezona da casa também chorou muito, por felicidade ou, muitas vezes, por saudades da filha Aracy. O reencontro com a menina, na final do programa, foi emocionante. Também sorteado para o Big Brother depois de se inscrever por telefone, o comerciário Agustinho terminou a competição em quarto lugar. Fora do BBB, ele também viveu uma forte emoção: por causa da sua exposição na TV, sua família conseguiu encontrar seu irmão Fabiano, que estava desaparecido há mais de 20 anos. As câmeras do Big Brother Brasil 6 flagraram beijos, muitos beijos, com direito até a um triângulo amoroso. Um dos galãs desta edição do programa, Daniel Saullo namorou e terminou com Mariana, cheio de saudades da ex-namorada que estava fora da casa. Mas logo em seguida, numa festa, o modelo mineiro engatou um romance tórrido com Roberta. Saullo ainda conseguiu fazer as pazes com Mari. Mas a modelo não ficou parada e também beijou outros lábios: os do professor Rafael. Inês e Gustavo também ensaiaram um romance, que não chegou a esquentar (nada além de bitoquinhas tímidas). O ex-monge chegou até a questionar sua sexualidade, depois de anos de abstinência. Ele também desenvolveu um hábito estranho e bastante desagradável para os demais confinados: o de não tomar banhos com freqüência. Os brothers chegaram a organizar um mutirão e o colocaram a força debaixo do chuveiro, em uma prova da casa. O Big Brother Brasil 6 também será lembrado como o BBB da oração. O ritual de rezar antes das refeições e dos paredões foi criado pela psicóloga paraense Thaís e continuou até o fim. Mas isso não significa que os participantes viveram sempre em paz e harmonia: intrigas e discussões não faltaram, mas sempre de um jeito mais civilizado. Nada de baixarias! A participação dos gêmeos Djair e Djairo também criou alvoroço. A dupla quebrou a rotina dos BBBs, numa prova que valia a imunidade no paredão: quem descobrisse que os dois estavam se revezando na casa faturava o colar do Anjo.

BBB 7Muito beijo na boca, um triângulo amoroso pra lá de apimentado, muitos barracos e até um pacto de sangue. O que não faltou foi história na sétima edição do Big Brother Brasil, que deu ao paulista Diego Gasques o cobiçado prêmio de R$ 1 milhão. Foi a quinta vez que um homem venceu a edição do programa, mas foi a primeira na qual um participante teve uma vitória com uma porcentagem tão alta: Alemão, como ficou conhecido, recebeu 91% dos votos do público. Em segundo lugar ficou a carioca Carolini, que ganhou R$ 50 mil, e em terceiro a catarinense Bruna, que faturou R$ 30 mil. Os dezesseis integrantes da casa: Airton, Alan Pierre, Alberto, Analy, Bruna, Bruno, Carolini, Daniel, Diego, Fani, Flavia, Felipe, Fernando, Iris, Juliana e Liane se dividiram em dois grupos logo na primeira festa, por causa de um polêmico pacto de sangue feito por Alberto e Felipe. Um grupo, liderado por Íris, condenou a atitude da dupla e declarou guerra. O outro decidiu relevar o episódio do pacto e se juntou a Alberto para tentar eliminar Iris e Diego do jogo. A partir deste momento começaram os conflitos dentro do BBB7. E o campeão Diego esteve envolvido em quase todos. Alemão brigou com Felipe Cobra, com Airton (no que ficou conhecido como “o episódio da sunga branca”), com Carol, com Fani e até com a amada Iris. Apesar de toda a polêmica criada por Diego na casa – incluindo um triângulo amoroso com Iris e Fani – o brother conquistou o público. Em quatro dos cinco paredões pelos quais passou, o louro saiu vencedor com mais de 70% de aprovação. A exceção ocorreu no paredão mais difícil para o campeão: contra Iris, Diego permaneceu na casa por uma diferença de apenas 6% dos votos. E o público não pôde ver na casa o esperado beijo do casal. O público elegeu Flávia, Diego e Iris como os mocinhos da casa. E viu em Alberto e sua namorada, Bruna, além de Airton, Carol e Analy os grande vilões. Apelidado fora da casa de G-5, o grupo liderado pelo caubói ficou mal visto pelos milhões de fãs de Iris e Diego. Dentro da casa, porém, eram maioria. E juntos foram se protegendo e tentando derrubar os mocinhos, conseguindo formar o histórico paredão entre Siri e Alemão. Mas a sétima edição do BBB não ficou marcada só pelos barracos. O clima de azaração e romance tomou conta da casa logo nos primeiros dias. Flávia e Fernando se beijaram na primeira festa e não se desgrudaram mais. A carioca Carol conquistou três corações: do tímido mineiro Bruno, do conterrâneo Airton e até do argentino Pablo. O hermano, então recém-eliminado do Big Brother argentino, foi escolhido pelo público do país dele para ficar cinco dias na casa do BBB. E deu em cima da morena já na primeira noite em que passou na casa. Mas ela deixara um namorado do lado de fora e resistiu a todas as cantadas. Quem também chutou para gol, mas bateu na trave foi Alan Pierre. O pernamubucano bem que tentou engatar um romance com Analy, mas a DJ só fez charme. Os dois trocaram carinhos, tiveram longos papos, mas… Beijo que é bom, nada. O intercâmbio internacional foi outra novidade do BBB7. Além da visita de Pablo aos confinados daqui, os argentinos receberam a visita de uma ex-sister brasileira. Em disputa com Alan Pierre pela preferência do público, Iris levou a melhor e foi passar cinco dias na casa do Gran Hermano. Enquanto a brasileira de Uberlêndia ensinou os argentinos a prepararem um típico tutu mineiro, o simpático argentino falou de futebol, fez questão de entrar na casa vestido com uma camisa da seleção argentina mas não criou polêmicas. O hermano acabou criando uma amizade verdadeira com Alemão e com Carol.

BBB 8 O BBB 8 foi marcado pela sorte. O músico Rafinha foi o último a entrar na casa – conquistou a vaga depois que um participante apresentou problemas de saúde e outro desistiu – e também o último a sair, levando o prêmio de R$ 1 milhão, três carros, três computadores, uma moto, e vários outros itens ganhos ao longo do programa. O médico Marcelo revelou ao público que era gay e depois se desentendeu com todo mundo. Até com a amiga Gyselle, segunda colocada na final do programa, ele brigou. Jaqueline, modelo de São Paulo, também não tinha papas na língua e foi a primeira a ser eliminada. Papos sobre sexo no “quarto rosa” apimentavam a madrugada. Natália, Bianca e Thalita faziam a festa ao lado de Marcão, Rafinha e Felipe. O romance entre Natália e Fernando, foi pontuado por cenas de ciúmes. Outro romance aconteceu nesta edição: de Marcão com Thati Bione. A jornalista de Santos Juliana foi o vértice de um triângulo amoroso que envolveu Rafael Galego e o modelo Alexandre, com quem ficou depois da eliminação de Galego. Ela também aguçava a libido de Rafinha, que ficava desesperado por causa da namorada que o esperava do lado de fora da casa.

BBB 9

Casas de Vidro, Quarto Branco, Lados A e B, dois sexagenários. O que não faltou foram novidades no Big Brother Brasil 9. E, como não poderia deixar de ser em uma edição com tantas surpresas, a disputa também só foi decidida nos minutos finais. Vinte e quatro décimos de diferença deram o prêmio de R$ 1 milhão ao artista plástico Max Porto. Jogador assumido durante o programa, ele levou a melhor na final acirradíssima com a amiga Priscila, que ficou em segundo, e a namorada Francine, em terceiro. Os três finalistas fizeram parte do lado B da casa. Enquanto os participantes se acostumavam com a divisão, do lado de fora, quatro candidatos disputavam a preferência do público confinados em uma Casa de Vidro, em um shopping carioca. De lá, Emanuel e Josiane saíram para tentar ganhar o prêmio máximo na casa. Depois, surpreendendo os participantes, uma nova Casa de Vidro apareceu no meio do jardim e, mais uma vez pela opção do público, Maíra e André entraram no reality. A dupla já chegou causando confusão: os comentários do sertanejo sobre as meninas foram reprovados por Ana Carolina e Naná, que bateram boca com o caubói. Já Maíra não conseguiu se entender com Francine, que achou que a participante estava retribuindo as cantadas de Flávio só para fazer alianças. Nenhuma surpresa, porém, foi maior do que o temido Quarto Branco. Ao atender o Big Fone, Newton teve que escolher outros dois colegas de confinamento para usarem um macacão branco e cumprirem um castigo. E foi assim que Newton, Ralf e Léo conheceram o quarto de paredes brancas, luz acesa e uma sirene vermelha no meio. A regra era simples: eles deveriam ficar naquele ambiente por tempo indeterminado ou até que um deles desistisse. A única chance dos três saírem do confinamento dentro do confinamento seria se o indicado por eles ao Paredão fosse eliminado. O trio escolheu Alexandre e teria que esperar até terça-feira. Na segunda-feira, Léo não aguentou a pressão, pediu desculpas ao Brasil e a seu pai, tirou o macacão e apertou o botão. Fim de jogo para ele.