segunda-feira, 31 de maio de 2010

Desisti...

Desisti porque é muito difícil. Não estou desistindo porque fiquei com preguiça de tentar. Durante muito tempo na vida agi assim, com preguiça de tentar. Mas dessa vez tentei, e muito. Uni todas as forças, acreditei em mim. Desisti porque estou cansada de tentar. Minhas forças acabaram, estou exausta. De tudo fica o aprendizado. Descobri que sou mais capaz que imaginava, descobri que meu limite fica num lugar diferente do que eu imaginava. Mas além do aprendizado, agora sinto dor. Desisti de dormir com o calor do seu corpo. Desisti de sentir sua respiração calma. Desisti da textura e do cheiro delicioso que tem a sua pele. Desisti do poder que tem de me fazer arrepiar as costas quando se aproxima. Mas agora estou cansada. Pode ser que passe. Prometo tentar acreditar que tudo passa (tomando chá ou cachaça) Rs...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

RECOMEÇO?

E depois que te afastei de mim Me lembrei de você por vários meses com um sentimento bom, por vezes pensava bastante em tudo o que passamos, tentava enteder o que não tinha explicação, e se tinha, eu preferia fingir que não. Percebi que o que foi, ficou, em algum lugar no tempo passado, mas que ainda assim em mim sobrevivia. E o tempo passou. Tempos se passaram. Mas suas marcas em mim continuavam vivas, me incomodando, se mostrando a todos. E caminhei buscando uma cura, procurando encontrar algo que me fizesse bem, mas não encontrei. Nem se quer uma borracha especial, que apagasse da pele o que não se importava em aparecer. Mas nem isso encontrei. E o tempo passou. Os anos também. E com ele você deixou de ser algo significativo pra mim, uma lembrança, nem boa, nem ruim. Difícil de se classificar, mas talvez diria, que foi mais uma novela da vida, daquelas que a gente acha que só acontecem em novelas. O que via em minha pele, de certa forma, havia me acostumado, e acho que os outros também, de certa forma, cicatrizes fazem parte da vida. E num dia ali, que acabou de passar, assim como o tempo, você me aparece pra dar um olá. Falando da vida, das mágoas e das alegrias da vida, do que havia sido, do que já era. E minha pele voltou a coçar novamente. Sonhei com você, calei pra você, repensei tudo de novo. E cansei. Cansei há muito tempo. Vamos deixar o que ficou no seu lugar, pra trás, pra lá do lado de lá. E olhar pra frente, pra página em branco que se extende sobre nós todos os dias, dizendo que podemos fazer diferente, da maneira certa, como deve ser. Pra frente e não pra trás.

Família, é bom e é ruim, nas devidas proporções.

E quis sair, pro meu mundo, pro meu canto, prum lugar só meu, sem ninguém, nem você, nem niguém, lugar onde não terei que me explicar, dizer, que disse, nem que nada, onde serei só eu, sabendo exatamente quem sou, e do que sou capaz, sem medo, nem receio, sendo apenas eu, eu mesma. E quis sumir, chorar, até não poder mais, esquecer, ser e não ser, invisível; pra mim mesma. Chorar até secar, até ninguém perceber mais, nem eu mesma. Num mar de lágrimas, renascer, ser outra pessoa, e nada mais do que eu mesma. Mas apenas eu. Completa. Única. Apenas. Sem e com vocês. Da maneira como deveria ser.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Florescendo...

A vida não passa, ela corre, acelera, pisa fundo. Ao longo dos meses, dos anos, pessoas vêm e vão. Tornam-se próximas e deixam suas marcas e depois se afastam. Passam apenas, muitas vezes. Mas ainda assim deixam saudade. Sem motivo concreto, sem razão aparente. Assim vieram, assim se vão. Um sorriso bobo, um olhar contente, uma idéia compartilhada, palavras escolhidas a dedo,para contar a história do que fora feito de toda esta gente. Transformam-se em estatísticas nas páginas de nossas vidas. Também eu tenho passado. Passado pelas vidas, pelos lugares. Tenho ido, tenho ficado. Passado. Ouvi de alguém, hoje pela manhã: "You bloom wherever you're planted". Talvez eu não tenha apenas passado!

Psiu...shhhh

Não fale nada. Não diga nada. Deixe que eu conte meus casos, fale mal do tempo ruim, reclame da chuva e do trânsito. Que eu gaste uma hora inteira reclamando da minha vida chata e monótona antes de perguntar o que você tem feito, por onde anda, como vai a vida . Deixe que eu me acostume com a luz que invade a sala e por um momento quase me cega, e que eu sei, é o seu sorriso. Acredite quando eu digo que senti sim, a sua falta. Que desejei não uma dezena, mas algumas centenas de vezes o abraço incondicional, a aceitação. Não pense que me esqueci, não. Não me queira mal por ser assim tão perdida. Se existem caminhos nesta vida, então sempre há a possibilidade da volta. Escute aqui, ninguém é perfeito. E eu, bem... eu sou este poço sem fundo de imperfeições. Mas nunca, nunca esqueci você!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Minha falsa felicidade

Até que um dia, sem mais conseguir se esconder sob máscaras e subterfúgios, ela viu. E ao ver seu reflexo no espelho, chorou. E ao chorar, abriu sua alma. E viu também seu interior. Viu as feridas, algumas cicatrizadas, outras não... viu os erros, corados de vergonha e ainda esperando perdão. Viu a criança e viu a mulher, cheia de sonhos e vontades e receios, pronta para viver. Ela deixou. Finalmente era ela. E foi inteira, vestida de desejos e anseios, armada de temores e dúvidas, olhos brilhantes e sorriso nos lábios. Cada passo, cada gesto, cada escolha, cada olhar e cada sílaba eram conscientes, ecoavam no seu corpo. Cada sensação era um milagre. Cada pequeno mistério resolvido era uma grande vitória. O frio na barriga, o arrepio, a leve falta de ar voltaram, e isso era felicidade! A minha velha e conhecida falsa felicidade...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Desordem

Quando começo a reorganizar minhas coisas, é sinal de que minha vida caminha no lado contrário.

domingo, 2 de maio de 2010

Sábio Cartola

"De cada amor tu herdarás só o cinismo Quando notares estás a beira do abismo Abismo que cavaste com teus pés."