sexta-feira, 23 de abril de 2010

Nesses últimos dias, tenho estado sozinha. Aliás, tenho estado em minha companhia. Meus pensamentos estão me atormentando. Estou vivendo dias conturbados e felizes. É complicado, mas em meu corpo é tão simples! Fico aqui pensando em "cores que não sei o nome" e em "quais são as coisas pra te prender"! Estou enlouquecendo dentro de minha lucidez? Espero que sim!

Medo!

Quando as coisas vêm fácil demais, nos enganamos, tropeçamos, caímos, ganhamos alguns arranhões, levantamos e continuamos nossa vida. Tudo que vêm fácil demais, terá obstáculos no percurso. Nada é impossível. Tudo é provável. Precisamos nos concentrar e ter a certeza de onde estamos e se esse é o caminho correto, mas se ficarmos na dúvida por muito tempo, desperdiçamos tempo. É preciso arriscar. É preciso aprender a arriscar. É preciso jogar os dados e ver o resultado. O medo nos divide, nos invade, nos atormenta. Mas o que seria da vida sem o medo para nos encorajar? Uma vez li que o "medo é o sentimento de não estar ligado à existência". Eu tenho medo e é ele quem está me mostrando quem eu sou, o que eu quero, porque estou aqui. O medo tem me dado vida, coragem, força. Algumas coisas e pessoas apareceram em minha vida para me ensinar, e eu preciso aprender com isso e com eles. Algumas coisas vieram fáceis, e estão aparecendo os obstáculos. O resultado eu não sei. Um dia terei as respostas. Mas, no momento, quero aprender. Meus sentidos estão aguçados. Jamais me senti tão presente e viva. Jamais serei a mesma. Sempre inconstante. Sempre eu. Às vezes triste! ÀS vezes feliz!

Sobre meu medo de voltar...

Reta. Uma linha tênue entre dois pontos. Não tiro meus olhos dela. Tenho medo de me desequilibrar e cair. Cair no abismo. Treva. Solidão. Medo de ser só, de estar só. Medo da loucura possível. Medo que o invisível me domine. Que ele tome conta de mim, do meu corpo, do meu sonho de ser alguém além de mim. Sinto medo das palavras não pronunciadas, que elas possam me espancar e deixar sequelas. Mas a linha continua lá. Reta. Tênue... e inquebrantável.

Viajando... Na mente!

Hoje sentada, pernas cruzadas e olhos fechados senti meu peito explodir. Como um raio que batesse e chocasse todos os sentimentos, lembranças me afogaram, gota por gota, até meu coração transbordar. E de tão vermelho, como sangue, entrar em erupção. Uma lágrima escorreu por meu rosto e senti seu gosto salgado na minha boca. E então eu senti que eu já não era mais a mesma. Minha alma esta fugindo... Esta fingindo...