quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Você acha que mais cedo ou mais tarde isso ia mesmo acontecer. Bobagem eu  pensar que seria forte e que suportaria tudo.
Meu medo driblava um pouco essa questão de que conseguiríamos levar as coisas na leveza.
Porém, o que é muito, transborda.
Nesses dias em que tudo esta estranho, que as pessoas perceberam nossa distância e que você pensa no acontecido e no que fazer, eu sofro...
Eu sofro calada, escondida, quieta. Com meu coração apertado, uma vontade dilacerante de escancarar tudo e um desejo surreal de você.
Doí demais porque eu sei o que você estava passando.
Eu sei que há uma outra certeza que te balança e que mexe demais contigo. Mas eu bem sei que a nossa história, essa nossa louca história, também te pesa. E te confunde. E te sufoca ao ponto de não saber o que fazer. 
E isso me corrói por dentro, e poucas vezes eu me vi chorar como choro ao assumir toda essa dor de culpa que está em mim.
A culpa não é sua; ela é minha, pela fraqueza de trair, mesmo sabendo que não deveria.
Eu sinto muito, não há nada o que eu possa fazer para voltar atras. Esta tudo fora do controle e tudo se perde, como está perdido agora.
E se perder dói.
Se apaixonar dói.
Tudo isso dói, dói muito.

E eu tenho que te agradecer por tentar evitar essa dor.
Mas é tarde... Ela já fez estrago.