sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quem vai dizer ao coração
Que a paixão não é loucura?
Mesmo que pareça insano acreditar
Me apaixonei por um olhar,
por um gesto de ternura.
mesmo sem palavra alguma pra falar.
Meu amor a vida passa num instante
E um instante é muito pouco pra sonhar.
Quando a gente ama simplesmente ama.
É impossivel explicar...
Quando a gente ama simplesmente ama...
(Oswaldo Montenegro - Quando a gente ama simplesmente ama)

sábado, 21 de novembro de 2009

Coisas que você nunca soube.

Passei parte da minha vida em busca de um amor puro. Uma pureza que talvez nem exista, mas sempre busquei. Nunca medi esforços tão pouco paciência.
Quando as brigas chegavam restava sempre a esperança. A esperança que tudo acalmasse e voltasse ao seu estado normal. Te amo tão incodicionalmente, tão sublime e tão forte que acredito que jamais amarei novamente nem que serei feliz se não for com você. Acreditei que seria pra sempre e quando descobri que não era quiz morrer e levar ao túmulo a dor desse amor não presente. Acreditei que você era minha alma gêmea ou melhor dizendo 'minha metade da laranja'. Te amei de várias formas e várias vezes...
Naquela época de auge do amor eu teria dado minha própria vida para salvá-lo se fosse preciso! Eu fiz de tudo para tirar de sua face um sorriso. Fiz de tudo para você me amar. Em troca disso ganhei marcas e cicatrizes interiores e sofrir o que achei que seria impossivél sofrer. Bebia alcool como quem bebe leite. Tentei me manter forte e destilei minha dor em tudo o que eu encontrava. Alcool, drogas, festas... Diariamente, sem descanso, sem fim! Entrei em depressão, fui a psicologos, cortei os pulsos, me enchia de remedios para dormir... Achei que estava louca. Quebrei promessas, tentei ir embora, fingi ser o que eu não era e quando voltei ao que sou nada mais me restava. Fiquei dias sem comer, apenas bebendo o velho alcool! Não queria estar sobria. Não queria mais pensar no que já tinha acontecido. Chorava todas as noites, todos os dias. E novamente, a depressão bateu em minha porta. Até busquei em outra pessoa o que eu não tinha mais, mas só tive desengano. Minha paciência esgotou, chegou ao fim! Não queria mais ninguém. E até em jogar no outro time, pensei. Eu não quero fazer tudo isso novamente. Amar não é isso... Hoje eu assumi minha culpa e estou reparando meus pecados. Confessei coisas que em meu juízo perfeito não faria. Acabou! Joguei fora e me renovei! Chorei, amei, sorri e odiei... Tudo tão repetino, as vezes até ao mesmo tempo. Prometo nunca mais amar ninguém! A partir de hoje me tornei seca, amarga e murcha. Igual a uma flor quando não é regada. Sinto que estou fria, nada mais me sensibiliza. Nada mais enche de emoção.
Hoje o dia esta bom, nem sol forte, nem vento gelado. Levantei, tomei meu café e caminhei até o trabalho. E como um passe de mágica, saí daquela depressão dolorosa. Nem o amor restou mais. Ele foi apagado de minha mente e nem seu nome eu lembro (ou não quero lembrar). Só me restaram cicatrizes. Estou até sorrindo novamente, mas nem sempre sorriso quer dizer realmente felicidade...
Tenho medo de que de repente eu acorde e veja que tudo isso, todo esse sentimento que nem sei se é bom ou ruim, não passou de um sonho. Tenho medo de que não esteja vivendo nada disso.

Esquecendo o que antes era inesquecivel e eterno...

Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda O que pensar da vida? E daqueles que sabemos que amamos ? Quem pensa por si mesmo é livre E ser livre é coisa muito séria Não se pode fechar os olhos. Não se pode olhar pra trás Sem se aprender alguma coisa pro futuro Corri pro esconderijo, olhei pela janela O sol é um só. Mas quem sabe são duas manhãs? Não precisa vir! Se não for pra ficar Pelo menos uma noite E três semanas... Nada é fácil, nada é certo! Não façamos do amor algo desonesto Quero ser prudente! E sempre ser correto. Quero ser constante. E sempre tentar ser sincero. E queremos fugir, mas ficamos sempre sem saber. Seu olhar não conta mais histórias. Não brota o fruto e nem a flor. E nem o céu é belo e prateado, E o que eu era eu não sou mais E não tenho nada pra lembrar. Triste coisa é querer bem a quem não sabe perdoar. Acho que sempre lhe amarei, só que não lhe quero mais. Não é desejo, nem é saudade. Sinceramente, nem é verdade... Eu sei porque, você fugiu. Mas não consigo entender... (L'avventura - Legião Urbana)
Todos conhecem minha paixão por música. E na maioria das vezes me deparo com músicas (geralmente que foram escritas pelo o eterno Renato Russo) e é como se elas tivessem sido escritas para mim (com certeza eu não sou a única a sentir isso). E isso já virou até mesmo algo clichê. Ouvindo velhas músicas me deparei com essa. E sua letra me fez refletir sobre várias coisas, inclusive sobre Liberdade! Sobre o amor desonesto que por um tempo vivi. E até mesmo sobre aqueles que amo (ou amei ou quem sabe nunca amei.) Essa é mais uma das inúmeras músicas da "minha trilha sonora". E que faz parte do meu dia a dia. Só quero esquecer do pouco do que restou, do pouco que existiu. Esquecer do carinho. Esquecer da paixão que um dia vivi e as que eu nunca vivi. Esquecer até mesmo do que eu nunca senti ou vivi. Do que eu nunca conheci e do que eu nunca provei. Esquecer daquilo que me faz bem e mal. Esquecer daquilo que caminha ao meu lado. Esquecer do que me deixa sedada o dia inteiro. Esquecer essa dor, essa felicidade. Esse amor e desamor. Quero hoje, esquecer aquilo que um dia pensei ser inesquecível e eterno. Esquecer os sorrisos que um dia sorri e das lágrimas que um dia chorei. Esquecer a luz e a sombra que por longos dias caminhei. Esquecer o vicio que me mata a cada dia, esquecer as noites que passei em claro. Esquecer, de algo que foi deixado para trás. E do que um dia eu ainda irei viver. Só quero esquecer... Mas nunca, jamais! Nem por um segundo se quer, esquecer do que eu quero esquecer...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Rodrigo

De todas as cartas que já te escrevi, só queria que lesse essa... Os dias passaram rápido essa semana, as horas também. Já nem sei quanto tempo faz, mas parece que já faz muito tempo que não estamos juntos. Nossa! Como eu queria ter uma máquina do tempo onde eu pudesse voltar ao passado e consertar todos meus erros. Erros estes que não foram poucos. Inúmeros erros cometidos... Vingança, raiva, rancor e até mesmo ódio. Atos, feito por impulsos. Depois que você decidiu me deixar eu tento refazer uma nova estrada, mas as seqüelas do passado sempre voltam. Em algum momento do dia, sinto-me vazia, e esse vazio nunca passa por inteiro. A cada dia o vazio cresce cada vez mais e pouco a pouco se torna um enorme buraco, aonde chegará um dia que não terá mais como tampá-lo. Há tantas palavras ditas e tantas não ditas, tantas palavras de raiva, de mentiras. Elas não saem da minha cabeça. Nenhuma delas. Eu só preciso que me perdoe de verdade. Eu só preciso que você me ame e que me aceite de volta porque sem você eu não tenho vontade de viver. Existe um enorme silêncio dentro da minha alma, onde eu jamais conseguirei falar. Um silêncio atormentador. Os dias se passam e eu não sei mais se hoje é quarta ou quinta-feira. Não sei mais que horas são... Esse teu silêncio agride a paz que eu costumava ter, faz meu coração doer. Você talvez nunca entenda o que realmente passa em minha mente, acho que nem eu mesma poderei compreender. Minhas palavras talvez nem sejam mais nada, talvez nem se importe mais como antes. Ou talvez você ate mesmo nunca se importou. Pra você, talvez seja apenas mais algumas palavras escritas. Acredito que não sentirá o sentimento carregado em todas elas, como eu sinto. Eu fico procurando qual foi meu maior erro e um deles foi ter deixado as coisas escaparem de minhas mãos e deixar o vento levá-lo. Levar para outros lugares, outros beijos, outros abraços. Eu não sabia o que era o amor, não sabia o que era felicidade. Esses dois sentimentos eu só conheci de verdade com você. Eu devia ter apostado todo. Deveria ter tentado mais uma vez mesmo que tivesse sido a última vez, mas eu sei que você não mudaria sua decisão. Como eu queria te ter de volta! Depois que você decidiu me deixar não sei mais quem sou. Ando confusa, perdida. Tão sozinha... Tão triste... E hoje, não há mais cura que cure esse vazio. Enquanto finjo que sou feliz e engano minha própria mente com isso sua voz e seu sorriso ainda permanece na minha memória. Estou indo embora e a única certeza que levo comigo é que esse amor será para toda a vida...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"Não tenho ódio nem amor,
sou livre e não tenho medo de nada,
porque sou boneca de pano com macela por dentro.
Qualquer 'desastre', a Tia Anastácia me faz outra"