quinta-feira, 25 de março de 2010

10 de março de 2010

Releio as cartas que rasguei, não são poucas. Beijo a sua fotografia. Das minhas manias loucas, Lembro do modo como você sorria. Cega, seguia no escuro. Buscava o que já possuia, A essência do que dizia ser puro E o que era meu, a ti pertencia. Eu me dei mais do que podia e isso nunca bastou. Talvez tenha recebido mais do que tenha dado, Não sei, minhas contas sempre dão errado. Das vezes que tentei me mudar, Não sei mais quem eu sou. Já perdi o rumo, o limite e a medida Me engano cada vez que tento acertar Fecho os olhos, faço um pedido: Que eu não tenha medo, Que a ninguém mais eu fira E que eu não seja mais incapaz de amar.

Mas eu ainda te amo...

Quando menos esperei você me deixou, aonde nunca imaginei que um dia pudesse chegar. Tentei te mostrar, mas em sua mente inebriada não havia espaço para a verdade, talvez por vontade própria, talvez por não saber o que fazer, você preferiu seguir a em frente e agir como se eu não existisse. Mais uma vez me vi num lugar estranho, com vontade de me levantar, dar adeus e sair, mas de novo, pensei na gente e não só em mim e me deixei ficar, mesmo sem a certeza de que você algum dia enchergaria os dois lados da moeda. E fui ficando sem saber até quando... E me fiz acalmar, tentei adormecer e pretendi que não estava ali, sozinha, calada, sóbria, surda. E esperando permaneci, ouvindo pequenos sussurros que preferia não ter ouvido, vendo gestos que gostaria de não compreendê-los, existindo calmamente enquanto a fera em mim observava como um felino que espera o momento exato para atacar, correr, ou simplesmente, bater em retirada. Como se meu nome não fosse ouvido mais. Apenas minha vontade...