domingo, 27 de junho de 2010

Sobre músicas e sentimentos

A música cria vida pra quem dá a ela algum sentido que vá além da simples simpatia. Pra mim ela sempre cria vida. E acaba de alguma forma envolvendo as minhas histórias, dando nós que não se desatam nunca. As canções passam também a ter cheiros, toques, olhares, sorrisos... Passam a ser um pedaço de alguém ou um minuto qualquer cheio de significado. Lembram o escuro e aquilo que não foi visto. A música é minha maior cúmplice. Às vezes também minha aliada. Mas a verdade é que pra sempre será minha paixão. SEGUE LETRA E MÚSICA QUE DIZ TUDO O QUE EU NÃO CONSIGO EXPLICAR NESSA POSTAGEM: Music and me (Michael Jackson) We've been together for such a long time now Music, music and me Don't care whether all our songs rhyme Now music, music and me Only know wherever I go We're as close as two friends can be There have been others But never two lovers Like music, music and me Grab a song and come along You can sing your melody In your mind you will find A world of sweet harmony Birds of a feather will fly together Now music, music and me Music and me

Qndo não acho as palavras certas...

É muito bom ter as palavras certas a serem ditas nas horas certas. E melhor ainda quando essas palavras conseguem atingir o melhor de suas intenções. Eu sei que muitas vezes não acho a melhor forma de expressar o que quero, nem a melhor forma de querer o que expresso. 'Silêncio' é uma palavra bonita, e às vezes me define bem. Parece que eu sempre atraio essa palavra pra perto de mim. E por mais que eu diga que é no meu silêncio que consigo dizer tudo o que quero, isso nem sempre é suficiente. Quando os problemas gritam suficientemente alto pra não me fazer ouvir mais nada de dentro de mim, eu preciso também falar em alto e bom som aquilo que penso deles. E preciso ser clara, mais do que simplesmente falar. E acho que essa é a parte mais difícil. Porque não é só querer. Eu realmente nem sempre consigo. Quantas vezes me peguei treinando a melhor forma de falar algo. Nenhuma delas acabava se parecendo com aquilo que eu realmente era. E ainda assim eu fugia de mim na tentativa de conseguir atingir os outros, que precisavam me ouvir pra saber que eu estava ali. Mas fui me buscando e me encontrando aos poucos. De tão intenso que isso era, perdia os meus pensamentos no mundo de coisas que se passava em mim. Perdia e nem sempre encontrava de novo. Os sentimentos misturavam-se e deixavam rastros. E não adiantava segui-los, porque eu nunca chegava a lugar algum. Eram diversas camadas de sonhos, dores, saudades, incertezas, certezas, contradições, possibilidades... Eram como blocos de montar, que juntos formavam uma coisa só, indefinível, inseparável e instável, prestes a desmoronar. E o desafio tem sido separar cada peça e construir algo firme, embora ilógico. E dessa densa parcela de ilogicidade eu já tenho experimentado e já tenho me acostumado com a idéia de que vai ser assim. Nas vezes em que me pego convicta de algo que se relacione a mim, trata-se de uma frágil certeza de que estou me achando em meio às minhas próprias barreiras. Mas, pra usar de sinceridade, na maioria das vezes trata-se da sólida certeza de que posso estar completamente errada. A verdade é que é bom encontrar-se consigo mesmo. E melhor ainda é lutar pra que isso aconteça todos os dias.
Se tenho coisas a dizer aqui, é porque carrego em meu bolso muitas histórias de fracassos e de alegrias inesperadas. E muitas de minhas histórias são como contos, romances, poesias ou apenas frases soltas. São contos quando vêm e vão rápidas, sem aviso, sem despedida e sem explicação. São romances quando encaixam começo, meio e fim, tudo planejado (por mim ou por sei lá quem). Quando ocasiões ferventes mesclam-se a momentos mornos. São poesias quando são demasiadamente idealizadas, passionais, cheias de intensidade, permitindo que a vida transborde através dos meu poros. São frases soltas quando a familiaridade dá permissão ao silêncio e algumas palavras podem ser ditas sem que eu precise vasculhar explicações para elas. Mas o mais curioso é que minhas histórias sempre se encerram com reticências, nunca com um ponto final.