quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O dia em que resolvi orar!

Cara, tô cansada de muitas coisas na minha vida! Tô, como dizem, de saco cheio... Então ao inves de gritar e xingar o mundo eu resolvi orar:
"Pai, protege-me desta nuvem escura de melancolia que parece já ter nascido comigo. Abre meus olhos e meu coração para que eu não apenas veja, mas viva com a consciência de quão pequenos são meus problemas. Extirpa de minhas entranhas esta urgência em tentar organizar, listar, arrumar a vida, perdendo meu precioso tempo de tentar viver melhor. Arranca, Pai, do meu ser esta eterna sensação de ser e estar inadequada para tudo. Remove meus pensamentos repetitivos tão recheados de medos e inseguranças, que franzem meu cenho e tornam-se amarga e pessimista. Concede-me a dádiva da perseverança, para que eu não mais me decepcione por não conseguir o que preciso, apenas pelo fato de não ter tentado um pouco mais. Sou muito grata pela minha saúde física de ferro (é.. é... hironia pura...), e já abusando, peço-Te um pouco mais de equilíbrio para minha saúde mental (na verdade é não te peço um pouco, Senhor, te peço muito...). Permita-me ter boas noites de sono e que durante elas eu visite apenas lugares e seres de luz. Arranca de mim este eterno sono, torpor e a preguiça que me privam de tantas coisas. Ensina-me a Te encontrar mais facilmente em pequenos momentos do dia, lembrando sempre que sou parte de Ti e ensina-me a meditar de verdade, acalmando meu cérebro inquieto para que possamos conversar mais de perto eventualmente. Não permita que eu perca meus amigos, nem que me distancie deles. Ajuda-me a aprender a ser mais disponível. Ilumina meu coração, Senhor, para que eu saiba valorizar de verdade as pessoas ao meu redor que merecem ser valorizadas e para que eu saiba identificar e evitar com respeito e gentileza, mas com firmeza, aqueles de quem não tenho condições de aprender ou ensinar. Ensina-me, meu Deus, a andar devagar pela vida, apreciando a paisagem, e ajuda-me a evitar ser apenas engolida por ela. Leva embora meu orgulho, minha empáfia, meu silêncio e traga um pouco de humildade para seus lugares. Permita-me, Pai, que eu consiga ser menos crítica para com os outros e para com meu próprio umbigo. Que o meu amor não se contamine mais com meus defeitos e minha amargura. Que ele saiba manter-se equilibrado e um porto seguro, como (quase) sempre foi. Que não nos falte mais diálogo e a intenção de vestir os sapatos um do outro e que para cada momento de preocupação e estresse que ele passe comigo, que eu seja capaz de proporcioná-lo muitos outros momentos que valham a pena. Senhor, traga mais sorrisos para este mundo e para todos que nele estão. Amém..."

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Não limpe os pés antes de entrar. Entre, acomoda-se e fique a vontade. A casa também é sua...