segunda-feira, 28 de junho de 2010

Que me perdoem os românticos militantes. Tem dias que concordo com quem diz que todo amor é amor próprio. E amor próprio nunca foi ruim. Amor próprio não é egoísmo, tão pouco egocentrismo. Amor próprio é que é o verdadeiro amor. Não importa o que clamem os mais doces corações, buscamos somente recompensas. Quer nos façam bem ou não. E recompensa nem sempre é coisa boa, ao contrário do que muitos pensam. É mais ligada à ideia de vantagem - no mais ambíguo dos sentidos - do que de prêmio. Que me perdoem os otimistas de carteirinha. Mas isso tudo passou longe do pessimismo, creiam. Amargura e infelicidade não cabem em mim. Não costumo vestir essas roupas. Que me perdoe o meu próprio coração. Ele ainda acredita nessas bobeiras que conto a ele.

domingo, 27 de junho de 2010

Sobre músicas e sentimentos

A música cria vida pra quem dá a ela algum sentido que vá além da simples simpatia. Pra mim ela sempre cria vida. E acaba de alguma forma envolvendo as minhas histórias, dando nós que não se desatam nunca. As canções passam também a ter cheiros, toques, olhares, sorrisos... Passam a ser um pedaço de alguém ou um minuto qualquer cheio de significado. Lembram o escuro e aquilo que não foi visto. A música é minha maior cúmplice. Às vezes também minha aliada. Mas a verdade é que pra sempre será minha paixão. SEGUE LETRA E MÚSICA QUE DIZ TUDO O QUE EU NÃO CONSIGO EXPLICAR NESSA POSTAGEM: Music and me (Michael Jackson) We've been together for such a long time now Music, music and me Don't care whether all our songs rhyme Now music, music and me Only know wherever I go We're as close as two friends can be There have been others But never two lovers Like music, music and me Grab a song and come along You can sing your melody In your mind you will find A world of sweet harmony Birds of a feather will fly together Now music, music and me Music and me

Qndo não acho as palavras certas...

É muito bom ter as palavras certas a serem ditas nas horas certas. E melhor ainda quando essas palavras conseguem atingir o melhor de suas intenções. Eu sei que muitas vezes não acho a melhor forma de expressar o que quero, nem a melhor forma de querer o que expresso. 'Silêncio' é uma palavra bonita, e às vezes me define bem. Parece que eu sempre atraio essa palavra pra perto de mim. E por mais que eu diga que é no meu silêncio que consigo dizer tudo o que quero, isso nem sempre é suficiente. Quando os problemas gritam suficientemente alto pra não me fazer ouvir mais nada de dentro de mim, eu preciso também falar em alto e bom som aquilo que penso deles. E preciso ser clara, mais do que simplesmente falar. E acho que essa é a parte mais difícil. Porque não é só querer. Eu realmente nem sempre consigo. Quantas vezes me peguei treinando a melhor forma de falar algo. Nenhuma delas acabava se parecendo com aquilo que eu realmente era. E ainda assim eu fugia de mim na tentativa de conseguir atingir os outros, que precisavam me ouvir pra saber que eu estava ali. Mas fui me buscando e me encontrando aos poucos. De tão intenso que isso era, perdia os meus pensamentos no mundo de coisas que se passava em mim. Perdia e nem sempre encontrava de novo. Os sentimentos misturavam-se e deixavam rastros. E não adiantava segui-los, porque eu nunca chegava a lugar algum. Eram diversas camadas de sonhos, dores, saudades, incertezas, certezas, contradições, possibilidades... Eram como blocos de montar, que juntos formavam uma coisa só, indefinível, inseparável e instável, prestes a desmoronar. E o desafio tem sido separar cada peça e construir algo firme, embora ilógico. E dessa densa parcela de ilogicidade eu já tenho experimentado e já tenho me acostumado com a idéia de que vai ser assim. Nas vezes em que me pego convicta de algo que se relacione a mim, trata-se de uma frágil certeza de que estou me achando em meio às minhas próprias barreiras. Mas, pra usar de sinceridade, na maioria das vezes trata-se da sólida certeza de que posso estar completamente errada. A verdade é que é bom encontrar-se consigo mesmo. E melhor ainda é lutar pra que isso aconteça todos os dias.
Se tenho coisas a dizer aqui, é porque carrego em meu bolso muitas histórias de fracassos e de alegrias inesperadas. E muitas de minhas histórias são como contos, romances, poesias ou apenas frases soltas. São contos quando vêm e vão rápidas, sem aviso, sem despedida e sem explicação. São romances quando encaixam começo, meio e fim, tudo planejado (por mim ou por sei lá quem). Quando ocasiões ferventes mesclam-se a momentos mornos. São poesias quando são demasiadamente idealizadas, passionais, cheias de intensidade, permitindo que a vida transborde através dos meu poros. São frases soltas quando a familiaridade dá permissão ao silêncio e algumas palavras podem ser ditas sem que eu precise vasculhar explicações para elas. Mas o mais curioso é que minhas histórias sempre se encerram com reticências, nunca com um ponto final.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ainda vou escrever uma carta dizendo que aprendi a amar. Dizendo que aprendi mais uma vez através da dor. Dessa vez não somente da minha dor. É certo que a dor, se é resultado do encontro que tornou-se desencontro, sempre atinge mais de um. É certo que conselhos não funcionam tão bem quanto a experiência vivida, tocada, sentida e doída. A não ser que dores antigas tenham sido fruto da falta de atenção a esses mesmos conselhos. E, na maioria da vezes, eu mesma me dou conselhos. Eu mesma (me) paro, olho firme e falo sério, como se estivesse falando para a criança que um dia eu fui. Como se já tivesse passado por um pouco de tudo nessa vida. Grande engano. E é por isso que meus conselhos não são ouvidos. Porque são inventados pelo medo terrível de tentar. Medo de tentar fazer uma canção, medo de tentar falar, medo de tentar chorar, medo de tentar amar... E tenho recusado ceder a esse último. E muito pela lembrança dos olhos que me fizeram acreditar que sou capaz de vencer qualquer coisa. Mas por mais que eu achasse que estava conseguindo, na verdade estava fazendo o contrário, cedendo cada vez mais ao medo, pois amor é outra coisa. Esses mesmos olhos ensinaram-me a ver que o amor vai muito além daquilo que pensava ser. E que às vezes amar é muito mais do que estar perto. Amar é proporcionar ao outro paz interior. Talvez estivesse esperando que finalmente chegasse o dia em que tudo ficaria bem, sem dor, sem angústia. Mas pra que amanhã fique tudo bem, o dia tem que ser bom hoje.

Preciso tanto...

Preciso que você me escute sem fazer cara de espanto. Preciso que você me fale coisas sem conteúdo moralizante. Que você me entenda sem que eu precise falar. Que você goste de mim do jeitinho que eu sou. E preciso mais ainda que tudo isso não pareça forçado. Preciso que tudo isso seja você! Quero te ouvir em silêncio por horas, e o silêncio pode ser seu também. Quero escutar uma linda canção e, quando olhar pra você, perceber que estamos com nossos pensamentos e sentimentos na mais pura afinação. A nossa melodia não precisa ser sempre triste. Podemos compor trilhas sonoras pra cada momento que vivemos. E as melodias tristes poderiam ser poucas, mas sempre seguidas por períodos de silêncio. O silêncio necessário para o reestabelecimento. Podemos quem sabe falar um monte de besteira olhando nos olhos, como se fossem as coisas mais sérias do mundo. E falar coisas sérias brincando. Porque não? Preciso de alguém que me ensine algo que eu não sei, nem que seja a humildade de não saber nada. Quero alguém que também tenha essa estranha mania de acreditar nas pessoas. E que me faça acreditar que vale a pena. Quero você porque você me completa, mesmo que eu já seja inteira...

Sobre amor e cores!

Há dois tipos de pessoas: aquelas que sabem definir muito bem os seus sentimentos e as que ficam perdidas dentro de si mesmo. Pra alguns, os sentimentos vêm dispostos em cores com diferentes tonalidades, sendo definidas com enorme precisão. Mesmo os vários tons de uma mesma cor são percebidos em sua particularidade. Talvez essas são as pessoas que mais olham pra dentro. Olham sem medo do que vão enxergar e preparadas pra respeitar o seu próprio mundo. E isso é simplesmente admirável. Para outras, é como numa aquarela. Tudo misturado e confuso. Indefinível algumas vezes. Cores que se juntam e formam uma nova. Cores sem nome. Sentimentos orfãos, que não sabem de onde vêm nem para onde vão. Eu ainda me encontro nessa última categoria. Em mim, tudo é uma grande aquarela e não sou capaz de nomear os sentimentos em forma de cores. Exceto um: o amor. Esse pra mim vem inteiro, sólido, como uma muralha, difícil de ser quebrado. Vai contra a minha própria vontade. E por mais que se misture com outras cores, ele sempre é a cor mais forte e vibrante. É ele que dá o tom e permite que eu pinte o quadro da minha vida. Ele pode vir em potes pequenos que, juntos, dariam pra pintar o mundo. Ou pode vir já em quantidade suficiente pra me preencher por inteira. De qualquer forma, em qualquer quantidade, nunca é suficiente pra preencher o vazio da saudade. "Eu quero deixar a (tua) vida colorida. E estou disposta a sujar os dedos de tinta"

terça-feira, 22 de junho de 2010

[para mim]

Eu ja fiz rimas, fiz versos soltos, com e sem sentido, isso era o que menos importava. Importa é que fiz [para mim]. Escrevi na madrugada, vi o sol nascer, aprendi a gostar de coisas novas e de coisas bobas. Sonhei acordada e por muitas vezes adormeci sonhando. Tinha planos, fiz apostas, cheguei a acreditar que tanto amor não caberia mais dentro de mim. Mas tinha guardado todo esse amor [para mim]. Eu já quis ganhar o mundo, correr os quatro cantos, sorver cada imagem como se eu mesmo fosse aquele segundo. Tropeçei na dor e no prazer que qualquer amor carrega. Mesmo assim enchi a bagagem de bons momentos. Tudo [para mim]. Já estive só, mas nunca na solidão. Esperei mais do que deveria, perdi chances e ganhei tantas outras. Fiquei imersa em sentimentos tão intensos e ao mesmo tempo tão solúveis. Passei o tapete por cima disso tudo, [para mim]. Vi o nascer do sol, diverti-me fazendo músicas bobas, ri das próprias piadas e achei delicioso o sabor de pequenas coisas. Encontrei a liberdade que minimamente achava que merecia. Pude falar o que achei que precisava e até o que duvidava sentir. Superei medos e passei por fases difíceis. Expus tudo isso [para mim]. Aprendi que não preciso necessariamente ter uma só opinião. Tive medo de ser abandonada, fui fraca e covarde tantas vezes. E aprendi de fato o significado dessas coisas. Conheci a felicidade que jamais imaginei que existisse. Vivi momentos mágicos e não fiz questão de descobrir o segredo que havia por trás de cada truque. Entreguei-me por inteiro [para mim]. E nada nessa história carrega nenhum tipo de arrependimento.

Chão...

"... no fundo há sempre um chão que nos ampara mesmo quando parece não haver nada para nos suportar."

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Incrível. Não sei por que reclamamos tanto do que já foi e não é mais, do que costumávamos sentir e já não sentimos, das músicas que costumávamos ouvir e agora não servem nem para fazer lista... Não sei por que perdemos tempo lamentando sobre aquilo que não deu certo, aquilo que não foi para a frente, e aquilo que foi para frente e ainda tropeçou numa pedrinha. Não sei por que manifestamos descontentamento com o que passou - como se houvesse alguma obrigação para que as coisas [e as pessoas] sejam de um jeito ou de outro. É como se não houvesse algo a ser seguido e, mesmo assim, usualmente, tentamos modificar a situação causando uma desordem interna. E tudo, e tudo, e tudo assim é assim. Questão de escolha. . Quem diria que as coisas (re)começariam assim?

Das minhas observações

Não sei quanto a vocês, mas sou detalhista demais. Observo demais, analiso demais. E procuro entender (quase) tudo. . Hoje eu observei o céu, azul como sempre. Pintado de uma tonalidade que eu ainda não conhecia. Vi um desenho entre as nuvens. Era o esboço de uma pessoa de braços compridos e abertos, como os teus. Inconscientemente, lembrei-me de você e do seu abraço. Aos poucos o esboço ia sumindo, desconfigurando-se. Não vi mais nada, só um borrão sem sentido e ventava muito. . O vento me levou os pensamentos. . Consegui guardar um: se um dia você achar esse desenho, lembre dos meus braços - que serão suficientemente grandes para não te deixar ir embora.

sábado, 19 de junho de 2010

Amor me perdoa!!! Juro que não esqueci, só estava na data atrasada... Sei que ficou chateado. Feliz aniversário! Te amo mto.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dias e dias

Tem dias em que vejo a vida como uma corrida de obstáculos. À noite, penso no dia que passou e no dia que virá e sinto uma angústia: será que vou conseguir? Corro contra mim mesma, contra o tempo, contra os compromissos que se acumulam e se empilham como folhas de outono. Tem dias em que me sinto esmagada sob eles. Tem dias em que me sinto vitoriosa por ter chegado ao final. E descubro que a nova etapa tem um circuito bem maior, com obstáculos bem maiores. Tem dias que tenho vontade de sentar no cordão e ver a vida passar. Deixar tudo correr no seu ritmo, sem ter que fazer tanto esforço para vencer, para fazer acontecer, para ser feliz. Vivo a minha vida em círculos cada vez maiores que se estendem sobre as coisas. Talvez não possa acabar o último, mas quero tentar.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Dormi, sonhei que vc telefonou e disse que não podemos mais continuar juntos. Vc disse que um telefonema seria a forma mais honesta de comunicar "isso". "Isso" no caso, era o fato de que nunca mais iriamos nos ver e que eu deveria entender o motivo. Tentei acordar, e então percebi que não estava sonhando... Minha vida se tornou um pesadelo! "Não há nada a fazer, apenas aceitar e sofrer..."

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tudo estava caminhando de acordo com as minhas decisões, o plano que criei estava sendo colocado em pratica, e as peças estavam se encaixando perfeitamente no quebra-cabeça dos meus sentimentos. As tardes eram as mesmas... Mas algo aconteceu, ele apareceu novamente como um intruso, no meu espaço. Sua chegada me provocou uma nova inquietação, confesso que sua presença me incomoda mas ao mesmo tempo me agrada. Lembro da nossa relação cheia de paradoxos. E quando dei por mim, já estava envolvida no seu olhar e sorrindo mais do que o necessário. Dizem que o ruim pode piorar, ou seja, trocamos segredos e confissões suspeitas sobre nós. Eu voltei a página e apaguei o ponto final, coloquei uma virgula e continuei a escrever. Queria que vc entendesse o grito que está escrito no meu olhar, e que traduzisse o verdadeiro significado dos meus risos ao seu lado, e desvendasse os mistérios que escondo quando nossos olhares se cruzam. Vc consegue acordar alguns sentimentos que coloquei na minha lista de “NÃO PODE”, quanto mais tento me afastar vc mais percebo que estou próxima, quanto mais tento fazer de conta que vc não me chama atenção, mais a minha atenção lhe persegue. Meu plano foi cancelado, e as peças que antes estavam se encaixando de acordo com o meu desejo de “ausentar alguns sentimentos”, foram reviradas pela sua presença.