“Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti
Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo meu amor
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Hoje o céu está tão lindo (meu amor)”
E esta música me lembra uma época em especial da minha vida, em que o florista de rosas subia no palco do barzinho de Laranjeiras e a cantava.
Época em que eu era uma notívaga ativa. Festas de terça a domingo, com algumas segundas entremeadas; época de agito, muitas paqueras, paixões incontroláveis, que sumiam assim como surgiam, época em que muito amei. E, como todo ser que sofria de paixonite compulsiva, muitos te amos seguidos de choros, muitos começos e muitos finais.
Sério, não sei como meu coração agüentava! Tantas paixões e “despaixões” cumulativas...
Foi uma época intensa, em que me lembro de muitas coisas boas, e faço questão de me esquecer das ruins. Hoje permaneço notívaga, porém caseira e comedida. Adoraria gritar bem forte “eu te amo”, para um homem especial, mas ele já esqueceu de tudo o que vivemos. Resumindo, estou solteira, e os “te amos” vão para amigos e familiares.
E quanto a paixões, agora elas formam minha vida, e se referem a tudo de bom que me cerca. Incluindo meu reflexo no espelho! Ok, este reflexo era bem mais atraente naquela época, mas o espelho em que me vejo atualmente é uma espécie de “retrato de Dorian Gray”, mas, ao contrario do personagem, não vou destruir a minha imagem, primeiro, porque quebrar espelhos traz má sorte, e não preciso disto pelos próximos sete anos da minha vida, segundo, porque vejo que muitas das imperfeições podem sim, serem corrigidas. Leva tempo, mas estou recriando minha imagem, meu ser. E os próximos reflexos serão cada vez mais bonitos, pois serão mais realistas, refinados e mais detalhados.
É... É primavera...
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Não limpe os pés antes de entrar. Entre, acomoda-se e fique a vontade. A casa também é sua...