quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Me encontrou de mãos vazias... Te encontrei na contra-mão...

De repente, tudo mudou. De repente, aquele sorriso bobinho já não estava mais comigo. Com o tempo, tudo já estava fora de seu lugar... E aquelas pessoas que eu achava "importantes" e "especiais" sumiram completamente. Como um passo de mágica. Pessoas entram e saem de nossas vidas, como um verdadeiro passo de mágica. Eu acho estranho, qndo alguém diz "eu te amo" ou um "eu te adoro", mas não agem de tal forma. Pelo contrário, machuca tanto qnto aqueles que dizem "odeio vc". Então eu me pergunto, que sentimento é este? Será que o amor e o ódio são realmente dois fios entrelaçados? Talvez o amor seja realmente uma troca. Acredito que hoje, poucas pessoas estão realmente dispostas a se entregar a tal sentimento. Se o amor que vc sentes por outra pessoa não é retribuído de tal forma, então vc passa a querer distanciar. Passa a querer esquecer. É mais cabivél amar aquilo que te faz bem, aquilo que já é certo. Do que se aventurar no desconhecido e em algo que possivelmente te faria sofrer, ninguém quer sofrer. Realmente, o amor parece ser mais uma troca de interesses. Um jogo. As pessoas são Atraídas aquilo em que em seu meio é natural... Talvez, mtos dos que dizem "eu te amo" não sabe ao certo o que é o amor. Fato! A banalização já está tão alta. Essa nova geração é tão abominavél, tão perdida. Dizem "eu te amo" como quem troca de roupa, falam de amor de uma forma tão simplificada. Tão normal. E isso me irrita, extremamente. O tempo muda? O tempo cura tudo? Mas espera aí, o que é o tempo? Como desligar completamente do passado? Porque o passado volta a ser presente a cada instante. Uma parte do meu cérebro me faz ter flashback's. E o futuro é algo incerto, é como um universo que ainda não existe. E o presente em um piscar de olhos torna-se passado. Algo que atormenta meus dias, é o tempo. Talvez esse medo tenha sido consequencias de um erro em uma de minhas vidas passadas. Mas deixando o tempo do lado... Hoje, me sinto tão velha. Não velha fisicamente. Mas sinto que envelheço a cada pulsar. As coisas que eu vejo no meu dia-a-dia só me faz cansar. Só me faz envelhecer. Me irrita essa falta de humanidade das pessoas, essa intimidade construída com poucas bases. Essa necessidade de atenção. Esses pensamentos e atos egoístas. Nada do que eu vejo me agrada, a cada dia me afasto ainda mais das pessoas. E por conta própria. Antes, era uma forma de evitar e nada mais. Hoje, é uma escolha! Procurei por tanto tempo o que chamam de "felicidade" e não encontrei. Talvez, ela não exista concretamente. Já tentei encontrar em religião, amores, música e até mesmo em bebedeiras. Mas e a felicidade interior, onde está? Aquela em que vc mesmo alcança. Sem intermédios de segundos ou terceiros. No começo desse ano achei que eu estava feliz e que seria ainda mto mais feliz. Mas aí tudo passou, e restou apenas uns momentos "alegres", umas "boas lembranças" e um sentimento de amor não correspondido que me mata um pouquinho mais todos os dias. É, talvez eu não estivesse feliz realmente. Na madrugada de terça para quarta-feira, não consegui dormir. Coisas me atormentaram por um longo tempo. E só consegui descansar meu corpo e minha mente qndo já estava manhã. Qndo a claridade da luz do sol já entrava pela minha janela para anunciar a hora do trabalho. E é engraçado qndo estamos sozinhos, o tempo passa devagar. Lentamente... Como se cada 1 minuto, durasse pelo o menos, uns 10 minutos. Me senti sozinha de uma forma jamais sentida antes. Como eu já falei no inicio. Aqueles que nós mesmo tomamos como "importantes" e "especiais" derrepente somem. Desaparecem. Sem deixar vestígios... Acho que o pior dos sentimentos que eu poderia sentir, seria o arrependimento. Sempre fui livre dos meus "remorsos" ou "arrependimentos". Poucas vezes fiquei presa a ele. Mas, agora é diferente. Agora sinto-me uma escrava. Já não consigo mais distinguir o bem do mal... E na minha mente, uma voz sempre me atormentando. Finalmente, acordei de um dos meus piores pesadelos. Achando que tudo não passou de uma fantasia, eu mal sabia que o sonho acabou tornando realidade. E assim, tendo que prossegui com uma dor dentro de mim... Uma dor que eu nem sei pq estou sentindo. Só sei que ela está dentro de mim. Talvez, seja uma dor transmitida de empatia. Ou eu mesma criei essa própria dor. Já não sei onde é o meu lugar, já não encontro uma porta para sair de dentro desse meu coração escuro e isolado... Sinto que estou ficando velha, cansada e pior. Desistindo de tudo que um dia eu acreditei. Desistindo dos meus obsejivos. Dos meus sonhos. Não tenho mais os mesmos sonhos, talvez tenha passado mto tempo dormindo. Ou meus olhos realmente ficaram cegos? Simplesmente, o esconderijo no qual eu habitava foi destruído. Alguém que talvez tenha me enganado, alguém que interpretou uma cena de teatro destruiu meu mundo. Não este mundo em que vivemos, mas o mundo que eu criei. O mundo no qual pretendia morar... Mas agora, sei que tudo não passou de uma fantasia. Sinto que eu estou perdendo. Não só perdendo alguém ou algo. Mas perdendo eu mesma. Nesses últimos dias, conheci eu mesma. Um tipo de "versão" de mim mesma. Mas agora, percebi que não era bem assim como eu pensei... Pois, eu mesma não fugiria de uma situação. Não me esconderia e tão pouco evitaria. Só hoje percebi que talvez esse "mesmo que eu" tivesse apenas interpretando eu mesma. Mas isso não quer dizer, que seja "o mesmo que eu". Talvez tivesse apenas se divertindo ou fingindo. Algo tão normal nas pessoas atuais. Só me entristece saber que eu fui sincera, que eu fui eu. Que eu não quis menti nem enganar. Apenas quis "poupar". Por pensar que essa "versão" seria realmente eu... E hoje, voltei ao mesmo lugar que costumava frequentar, e lá, não encontrei ninguém. Apenas meu eco, apenas minha própria voz gritada aos quatro ventos, e ninguém estava lá para escutar. Me tornei invisível aos olhos daqueles que pensei que me enxergava...
"Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho,
gravaria com metal em minha pele o teu desenho.
Feitos um para o outro, feitos para durar.
Uma luz que não produz sombra..."

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