segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A minha crise de (quase) 25

É impossível não me questionar: o que estou fazendo da minha vida?
Tenho 24 anos e este ano farei 25. Vejo minha vida e não vejo nada de concreto por mim realizado. Sinto-me frustrada. Muito frustrada... E cansada. 

Não sou uma profissional de sucesso, não sou tão independente quanto gostaria de ser, não tenho um namorado/marido, não tenho filhos. O tempo esta passando e sabe aquela história do relógio biológico? Não é apenas história.
Às vezes, sinto-me numa espécie de crise de meia idade (igual aquelas masculinas)...
Ah... Como eu gostaria de ter um Editor de Vida!
Se bem que agora também gostaria de um "corretor de idade".
Quero viver tudo o que não vivi nos últimos anos neste ano. Fazer tudo que deixei para depois. Amar como se não houvesse amanhã. Respeitar meu ser e a minha maneira de ser acima de tudo. Arriscar. Não alimentar relações pessoais e familiares desgastantes. Preciso ser feliz diariamente. E não uma caricatura de mim mesma. Ou um eterno esboço de quem gostaria de ser.
Quero ser EU. Apenas isso. Lidando com meus defeitos, melhorando minhas virtudes.
Penso que quem gosta, de fato, de mim, me aceitará e entenderá. E não me criticará (muito), ou me recriminará (muito), nem ficará eternamente me chamando de louca (ou inconsequente). Pode parecer algo simples para a maioria... Mas, para mim, não é... Embora eu pensasse o contrário, a verdade é que as opiniões alheias tem tido em minha vida um peso bem maior do que deveriam ter e talvez tenham contribuído, e muito, para os meus vários anos de depressão.
Demorei, mas estou aprendendo a dar limites (aos outros, pelo menos, porque quando eu perco o meu limite, fico surda, e não me ouço). Uns me chamam de ingrata, outros, de egoísta. Sinceramente, me chamem do que quiserem! Não quero voltar a ter depressão! Não quero voltar àquele estado de apenas sobreviver. Não quero mais lacunas na minha existência.
Erro muito, eu sei. Tendo a achar que erro mais do que deveria, que sou muito mais errada que as demais pessoas. Será mesmo? Acho que não. Todos erram, afinal, "errar é humano"... Cansei de pedir desculpas. Os equívocos são meus, não dos outros. Eventualmente, podem repercutir em outra pessoa. Mas quem realmente sofre? Quem precisa superar? Quem precisa refazer? Quem precisa se desculpar, se for o caso? Quem precisa acordar no dia seguinte? Quem precisa encarar as pessoas? Quem, de fato, lida com as consequências dos meus atos? Eu.
Querem falar, criticar, acusar, julgar e condenar? O problema, não será mais meu... Não quero chegar aos 25 infeliz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não limpe os pés antes de entrar. Entre, acomoda-se e fique a vontade. A casa também é sua...